RESUMOA contaminação do solo por metais potencialmente tóxicos é um dos principais problemas ambientais. Por meio da lixiviação e percolação das águas pode ocorrer a contaminação dos mananciais superficiais e subterrâneos, comprometendo sua qualidade. Há, ainda, a possibilidade de esses metais serem disponibilizados para as plantas e, por meio da cadeia alimentar, serem transferidos para o homem. O manganês é um dos elementos mais abundantes na crosta terrestre e se encontra largamente distribuído em solos, sedimentos, rochas, água e materiais biológicos. Esse micronutriente é um elemento essencial para o ser humano. O corpo humano contém pequenas quantidades do mesmo e, em condições normais, as mantém em níveis adequados. Sua carência pode causar perda de peso, fragilidade óssea, dermatite, degeneração do ovário ou testículos e náuseas. Seu excesso pode causar anorexia, alucinações, dificuldade de memorização, insônia, dores musculares e doenças pulmonares e neurológicas. Não há parâmetros orientadores para o teor de manganês, nos solos, do Estado de São Paulo, somente uma orientação. Nesse trabalho foram feitas amostragens de solos da região de São José do Rio Preto após o período de chuvas (mês de março), e em época de franca estiagem (mês de agosto) para se verificar a variação da concentração do metal. Todas as amostras coletadas durante o período de seca apresentaram teores mais elevados do mesmo. A lixiviação teve influência na retirada do metal do solo. As concentrações determinadas são, até 8 vezes, superiores ao valor considerado alto (> 5,0 mg dm -3 ) conforme a orientação do governo paulista. PALAVRAS-CHAVE: Solo. Metais tóxicos. Manganês.