Mestrado interdisciplinar em estudos fronteiriços/Ufms:perspectivas, discussões e pesquisas

Abstract

Este artigo apresenta algumas das diversas abordagens de “fronteira”, a partir das quais ancoramos nossos debates teoricos nos cursos do Mestrado em Estudos Fronteiricos na UFMS. A perspectiva dos estudos interdisciplinares impoe grandes desafios para os pesquisadores, sejam eles professores e orientadores do curso de Mestrado, sejam alunos, que devem necessariamente transitar entre as varias areas de conhecimento. Como trabalhar, na pratica, os estudos fronteiricos sob uma perspectiva interdisciplinar? Como “cruzar as fronteiras” de nossas formacoes academicas? Este texto pretende, menos do que chegar a conclusoes definitivas sobre a questao, abrir o debate a partir de nossa experiencia de trabalho.

Rethinking Border Studies: Participation and Social Innovation in Border Zone Development

“…Border studies are currently the order of the day (Cardin & Albuquerque, 2018;Costa & Oliveira, 2012;Hall, 2009) and should remain so. The world history would be much better if it was seen from the border (Kaiser, 1998) -which leads us to the following border thought: how to conduct public management at the borders seeking to promote sustainable territorial development in these regions?…”

“…In Brazil, for example, such interest is revealed mainly by the offer of a professional master's course in border studies (Federal University of Mato Grosso do Sul), by the creation of research centers such as the Unbral Fronteiras 2 , and by holding scientific events dedicated to the theme. These studies are part of a broader movement of geographic renewal, with the amplification of its scope to interdisciplinarity and interculturality, which has been fostering different frontier approaches (Costa & Oliveira, 2012). The relevance of this subject has gained such value in recent decades that it has conquered space in the public sphere through programs and public policies that aim to promote management, education, and development in border areas.…”

Repensando os Estudos Fronteiriços: Participação e Inovação Social no Desenvolvimento das Zonas de Fronteiras

“…Os estudos fronteiriços estão na ordem do dia (Cardin & Albuquerque, 2018;Costa & Oliveira, 2012;Hall, 2009), e assim devem permanecer. A história do mundo seria muito melhor se fosse vista da fronteira (Kaiser, 1998) -o que nos leva a um pensamento fronteiriço: como conduzir a gestão pública nas fronteiras, buscando promover um desenvolvimento territorial sustentável dessas regiões?…”

“…No Brasil, por exemplo, tal interesse se revela principalmente pela oferta de um curso de mestrado profissional em estudos fronteiriços (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), pela criação de centros de pesquisa, como a Unbral Fronteiras 2 , e pela realização de eventos científicos dedicado ao tema. Esses estudos inscrevem-se em um movimento mais amplo da renovação geográfica, com a amplificação de seu escopo para a interdisciplinaridade e interculturalidade, que vem fomentando diversas abordagens de fronteira (Costa & Oliveira, 2012). A relevância dessa temática ganhou tamanha valorização nas últimas décadas que conquistou espaço na esfera pública através de programas e políticas públicas que visam promover a gestão, o ensino e o desenvolvimento nas zonas de fronteira.…”

Desigualdades em saúde, desigualdades no território: desafios para os países de língua portuguesa em contexto de pós pandemia

“…Brasil publica a Política Nacional de Mobilidade Urbana na perspectiva de melhorar o trânsito das cidades brasileiras, tornando-os mais acessíveis e sustentáveis . Por isso, Corumbá situada na fronteira internacional Brasil-Bolívia (Costa et al, 2010), sanciona o Plano Municipal de Mobilidade Urbana na expectativa de reduzir os graves problemas viários da cidade e propondo melhorias à circulação dos habitantes (Brasil, 2016). Com isso, este trabalho visa representar as áreas com maior incidência de acidentes de trânsito em Corumbá com vítimas fatais, durante o período de 2017 a 2022.…”