Mental health in the Family Health Strategy as perceived by health professionals

Abstract

RESUMOObjetivo: analisar o manejo das necessidades de saúde mental na atenção primária à saúde de acordo com a percepção dos profi ssionais da Estratégia Saúde da Família. Método: estudo qualitativo, descritivo exploratório, desenvolvido no território de abrangência de cinco equipes de saúde da família. Os participantes foram cinco enfermeiras, cinco coordenadores e 17 agentes comunitários de saúde. Os dados foram coletados utilizando observação, entrevistas grupais, entrevistas individuais semiestruturadas e grupos focais. Fez-se a análise de conteúdo com o auxílio de um Software de análise textual, e a interpretação baseou-se nas estruturas analíticas correspondentes. Resultados: inúmeras e desafi adoras demandas de saúde mental têm sido acolhidas nesse setting, para as quais as equipes identifi caram recursos de atendimento; no entanto, apontaram difi culdades, sobretudo relacionadas à operacionalização e integração destes recursos. Conclusão: destaca-se a necessidade de uma rede de cuidados sensível a tais demandas, mais articulada e gerida de modo efi caz. Descritores: Enfermagem; Saúde Mental; Atenção Primária à Saúde; Estratégia Saúde da Família; Enfermagem Psiquiátrica.ABSTRACT Objective: to analyze the management of mental health needs in primary care as perceived by Family Health Strategy professionals. Method: this was a qualitative descriptive exploratory study developed within the coverage area of fi ve family health teams. The data were collected using observation, group interviews, individual semi-structured interviews, and focus groups. Content analysis was conducted using text analysis software and interpretation was based on the corresponding analytical structures. Results: numerous and challenging mental health demands occur in this setting, for which the teams identifi ed care resources; however, they also indicated diffi culties, especially related to the operationalization and integration of such resources. Conclusion: there is a need for a care network sensitive to mental health demands that are better coordinated and more effectively managed. Descriptors: Nursing; Mental Health; Primary Care; Family Health Strategy; Psychiatric Nursing. RESUMENObjetivo: analizar el manejo de necesidades de salud mental en la atención primaria de salud, según la visión de los profesionales de la Estrategia Salud de la Familia. Método: estudio cualitativo, descriptivo, exploratorio, desarrollado en el campo de acción de cinco equipos de salud familiar. Participaron cinco enfermeras, cinco coordinadores y diecisiete agentes comunitarios de salud. Datos recolectados mediante observación, entrevistas grupales, entrevistas individuales semiestructuradas y grupos focuses. Se aplicó análisis de contenido, con ayuda de software de análisis textual. La interpretación se basó en las correspondientes estructuras analíticas. Resultados: numerosas y desafi antes demandas de salud mental fueron recogidas en este setting, para las cuales los equipos identifi caron recursos de atención; Mental health in the Family Health ...

Saúde mental: o papel da atenção primária à saúde / Mental health: the role of primary health care

“…Paralelos entre a produção científica sobre saúde mental no Brasil e no campo da saúde mental global: Uma revisão integrativa. 18 Avaliação da organização do cuidado em saúde mental na atenção básica à saúde do Brasil 13 Soluções aos problemas e/ou propostas de melhorias no cuidado de pacientes em saúde mental na APS Saúde mental na Estratégia Saúde da Família: a percepção dos profissionais 16 10 34.4% Paralelos entre a produção científica sobre saúde mental no Brasil e no campo da saúde mental global: Uma revisão integrativa. 18 Salud mental comunitaria, atención primaria de salud y universidades promotoras de salud en Ecuador 15 Capacidad de respuesta de la atención primaria en salud mental en Chile: una contribución a Alma-Ata 19 Prevalence of Depression and Depression Care for Populations Registered in Primary Care in Two Remote Cities in the Brazilian Amazon 17 Perceptions of health managers and professionals about mental health and primary care integration in Rio de Janeiro: a mixed methods study 21 O ambulatório de saúde mental na rede de atençãopsicossocial: reflexões sobre a clínica e a expansão das políticas de atenção primária 24 Qualidade de vida em pacientes da atenção primária do Rio de Janeiro e São Paulo, Brasil: associações com eventos de vida produtores de estresse e saúde mental 22 Prevalencias y brechas hoy; salud mental mañana 20 Social support network, mental health and quality of life: a cross-sectional study in primary care 23 Total 29 100 Seis dos sete artigos que abordaram as falhas do atendimento em saúde mental por parte da APS explicitaram a formação técnica e profissional ineficiente dos envolvidos no cuidado, isso se deve principalmente ao modelo biomédico adotado nas graduações em ciências da saúde que acabam por perpetuar um atendimento somático em detrimento do atendimento integral e multidisciplinar, com abordagem somática, comunitária e psíquica desses pacientes 15 .…”

“…A formação biomédica é pautada em um modelo hospitalocêntrico (combatido pela reforma psiquiátrica) e gera no imaginário dos estudantes a premissa de que os atendimentos em saúde mental são de responsabilidade e exclusividade da atenção secundária e/ou do profissional psiquiatra 14 . Isso resulta em uma formação ineficiente e, no futuro, em encaminhamentos desnecessários e superlotação dos serviços secundários, aumento dos custos ao Estado, cronificação de quadros 16 maior estigmatização dos pacientes, diagnósticos incorretos 17 e menor realização de atividades coletivas e educacionais em saúde mental 13 recidivas e internações hospitalares 13 e diminuição da estigmatização do paciente em sofrimento psíquico 16 . Apesar dos crescentes números em sujeitos acometidos por afecções psíquicas, estudos que abordam esse tema, principalmente quando relacionado com a atenção primária à saúde, como o presente estudo, apresentam limitações devido o número reduzido de pesquisas nessas áreas 19 e, as existentes, usam em sua maioria metodologias com baixo nível de evidência.…”

“…Na quarta etapa os artigos são avaliados e analisados, na quinta ocorre a interpretação dos resultados e na sexta etapa é sintetizado os conhecimentos adquiridos durante a confecção da pesquisa. Perceptions of health managers and professionals about mental health and primary care integration in Rio de Janeiro: a mixed methods study 21 Sofrimento psíquico e a abordagem da comunidade na voz do agente comunitário de saúde 14 Potencialidades da APS no atendimento em saúde mental Saúde mental na Estratégia Saúde da Família: a percepção dos profissionais 16 3 10.3%…”

O cuidado em saúde mental na atenção básica: uma cartografia

“…Destarte, considerando a ESF no cenário do elenco dos serviços, e especificamente, na atenção à saúde mental da população assistida, pode-se afirmar que esse território é considerado importante espaço de cuidado, uma vez que as equipes de saúde da família se constituem em poderosas ferramentas para a oferta de cuidado integral à saúde e representam recursos essen-ciais para a assistência à saúde mental na comunidade, contribuindo com a identificação precoce e a viabilidade de tratamento, como também para a redução do estigma relacionado aos pacientes com transtorno mental 7 .…”

“…A criação de vínculos entre cada usuário e uma equipe ou um profissional representa a possibilidade de espaços de trocas, necessárias ao cuidado em saúde mental . As ações em saúde mental são assumidas no como as relações de vínculo e acolhimento, reforçava-se a necessidade das tecnologias leves 7 . Para a efetividade das ações estabelecidas nas equipes da ESF, inclusive para que a atenção à saúde mental se incorpore nas práticas cotidianas, há que se ampliar os saberes clínicos e epidemiológicos, não se restringindo a diagnósticos e medicações; a atuação mais incisiva é relevante, deve ter como enfoque a singularidade da assistência, rompendo a forte tendência à observação do modelo biomédico como norma para o estabelecimento do cuidado 20 .…”