O objetivo deste estudo foi colocar em evidência, a partir de uma revisão narrativa da literatura, orientações sobre o manejo clínico, epidemiologia, tratamento e prognóstico da meningite tuberculosa (TBM), além de retificar os desafios no diagnóstico dessa condição e a importância do reconhecimento por parte dos profissionais da saúde às situações em que deve ser iniciado o tratamento empírico. A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa que tem sido importante causa de morte em todo o mundo. O Brasil ainda enfrenta altas taxas de infecção, com um grande número de casos registrados anualmente, sendo a TBM a forma mais grave e fatal. O diagnóstico precoce da TBM é fundamental para melhorar o prognóstico dos pacientes, no entanto muitas vezes é desafiador devido à dificuldade de obtenção de amostras de líquido cefalorraquidiano (LCR) e à baixa sensibilidade dos testes disponíveis. A terapêutica é baseada em quatro drogas: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, variando de acordo com a idade do paciente, somado à corticosteróides, como prednisona ou dexametasona. Por fim, reforça-se a necessidade do investimento em pesquisas e estratégias que visem aprimorar o diagnóstico e o tratamento da TBM, visando uma abordagem mais eficaz e melhores resultados para os pacientes.