Memory and Probability

Abstract

People often estimate probabilities, such as the likelihood that an insurable risk will materialize or that an Irish person has red hair, by retrieving experiences from memory. We present a model of this process based on two established regularities of selective recall: similarity and interference. The model accounts for and reconciles a variety of conflicting empirical findings, such as overestimation of unlikely events when these are cued vs. neglect of non-cued ones, the availability heuristic, the representativeness heuristic, as well as over vs. underreaction to information in different situations. The model makes new predictions on how the content of a hypothesis (not just its objective probability) affects probability assessments by shaping the ease of recall. We experimentally evaluate these predictions and find strong experimental support.

Fatores comportamentais determinantes da acurácia da previsão de lucro dos analistas financeiros

“…Neste sentido, como o processo de acesso à memória é seletivo e depende da experiência do decisor (Bordalo, Conlon, Gennaioli, Kwon, & Shleifer, 2021), o apoio das decisões em heurísticas como esta, distorce as probabilidades subjetivas , especialmente porque a confiabilidade dos fatos representativos deixa de ser importante neste momento (Tversky & Kahneman, 1974).…”

“…Uma vez que, a memória desempenha um papel importante na formação de crenças e as crenças afastam o indivíduo da racionalidade (Bordalo, Conlon, et al, 2021), a representatividade é um dos fatores que afeta a previsão dos analistas financeiros, que podem considerar erroneamente informações como lucros e prejuízos recentes, ao dar peso excessivo à estas informações, por considerá-las representativas para estimativa de lucros futuros (Tversky & Kahneman, 1974).…”

“…Isto ocorre porque as pessoas reagem às notícias, lembrando-se de eventos passados de mesma natureza e, portanto, tendem a ter uma reação exagerada à estas, especialmente quando são relacionadas ao resultado das empresas, desta forma, as previsões de preços de ações feita pelos analistas financeiros são impactadas por estes eventos (Kwon & Tang, 2020). A memória, portanto, molda a previsão (Bordalo, Conlon, et al, 2021).…”

“…Nos Estados Unidos, o penúltimo fator comportamental, a representatividade, foi significativa apenas para os analistas norte-americanos que tiveram previsões de menor acurácia, tendo sido a relação encontrada, negativa com a acuracidade das previsões. Este resultado está em linha com a literatura que discute a representatividade como um viés que leva a erros sistemáticos dos indivíduos (Kahneman & Tversky, 1972;Tversky & Kahneman, 1971, uma vez que o uso da memória é seletivo e distanciam o mesmo da racionalidade (Bordalo, Conlon, et al, 2021). Neste sentido, considerar, por exemplo, lucros recentes como representativos para previsões, pode ser prejudicial para a acuracidade das estimativas (Tversky & Kahneman, 1974), se não forem considerados outros fatores em conjuntos.…”

“…Uma explicação poderia ser que a instabilidade econômica e política do Brasil, seja um fator que leve os analistas a não se apoiarem tanto em notícias que não estejam relacionadas ao lucro passado. Considerando a limitação das pessoas na capacidade de processar grande volume de informações (Li et al, 2021), um ambiente de maior instabilidade poderia gerar um comportamento de defesa nos analistas, que para evitar selecionar informações na memória (Bordalo, Conlon, et al, 2021) de forma incorreta, apoiariam mais suas estimativas em dados históricos de lucros e não tanto em eventos disponíveis nas lembranças individuais. Isto foi demonstrado na análise das estatísticas descritivas do cluster formado pelos analistas que apresentaram previsões de maior acurácia, sendo que, aqueles que mais acertaram nas estimativas apoiaram-se na totalidade em preços de lucros históricos.…”