Memorias e experiencias do fazer-se professor

Abstract

Após o término do trabalho com cada turma surgiam preocupações em relação ao que acontecia como eram as relações e atividades desenvolvidas por estes professores iniciantes. Neste sentido, busquei através do diálogo com ex-alunos, as possíveis respostas para o seguinte problema: Como os alunos egressos, do Curso de História da UNOESC -Chapecó, nos anos de 1998 e 1999, avaliam as experiências vivenciadas na passagem de acadêmicos para profissionais? Como objetivos elenquei: verificar como os professores de História em início de carreira avaliam suas experiências, enquanto profissionais; perceber como é o fazer-se profissional dos professores de História em início de carreira. Para nortear a pesquisa utilizei-me de questões calcadas nos aspectos: da subjetividade do novo professor; das atividades docentes; do relacionamento profissional; da avaliação da formação inicial; da participação nas lutas da categoria; da formação continuada. Como fontes de pesquisa utilizei relatórios de estágio e de pesquisa produzidos pelos professores depoentes, materiais técnicos da universidade, além das memórias e experiência vividas pelos professores em início de carreira. Como ferramentas teóricas contribuíram Mikhail Bakhtin, Walter Benjamin, Eduard Thompson e Lev Vygotsky. Como foi possível captar elementos que vão além da idéia de formar professores, que há um fazer-se professor. Nesse sentido percebo um emaranhado de relações que se constituem quando os professores se relacionam com diferentes sujeitos. Ao produzir conhecimentos numa perspectiva dialógica procurei ver os fragmentos, os estilhaços das relações nas narrativas das professoras, mas também a totalidade ao pensar as relações desenvolvidas na escola racionalizada. Possibilitou-me perceber nessa relação com o outro dos depoentes, o quanto é necessário para nós pesquisadores respeitarmos e iv valorizarmos o outro na relação de pesquisa fazendo com que o outro -o depoente -se torne sujeito, que também tenha autoria.

Contribuições do Programa Residência Pedagógica na Reflexão de um Grupo de Licenciandos em Química sobre Aspectos da Docência no Contexto Pandêmico

“…L7 Inicialmente, essa constatação revela uma percepção comum sobre a atuação do professor, que é a compreensão de que o docente segue uma determinada rotina caracterizada apenas pela aplicação mecânica do conteúdo estabelecido no currículo. Conforme Paim (2007), essa concepção é a base de alguns cursos de formação que se concentram em produzir um professor "pronto" ao final da licenciatura, ou seja, um profissional capaz de seguir uma fórmula específica para lecionar. Nesse tipo de formação, busca-se apresentar aos licenciandos métodos e técnicas específicos para moldar o futuro profissional.…”

“…De acordo com Paim (2007), essa mudança de percepção faz parte do processo que ele denomina de "tornar-se professor". Para o autor, o processo de se tornar professor requer superar o sistema vigente, ou seja, romper com a concepção de formação mencionada anteriormente, a fim de construir uma formação diferenciada que permita ao licenciando "ser sujeito do processo educacional, autônomo, percebendo-se como produtor de conhecimento em conjunto com seus alunos, respeitando as diferenças e especificidades e compreendendo-os como detentores de saberes que devem ser respeitados (Paim, 2007, p. 2)".…”

Orientação pedagógica

“…Em contraposição à racionalidade técnica, de acordo com este autor, o professor poderia ser comparado a um artista que constantemente experimenta até encontrar uma melhor forma de expressar uma ideia (LÜDKE, 2001). Assim, as atividades práticas e as ações dos professores não podem ser estruturadas por especialistas e sujeitos externos à escola (PAIM, 2005), cabendo ao professor apenas a aplicação e transmissão de técnicas. Na perspectiva de formação a partir da concepção de professor pesquisador, o docente é convidado a realizar pesquisa sobre sua prática, relacionando conhecimento e ação.…”