Este artigo objetiva discutir o poema “Gutes Zureden” da coletânea Kiosk, publicada em 1995 por Hans Magnus Enzensberger. Na parte inicial, o artigo apresenta uma discussão teórica sobre o conceito de identidade e sua confluência com preocupações oriundas da discussão poética da segunda metade do século XX, adicionando as contribuições de Enzensberger sobre a indústria da consciência. Nos três vetores dessa discussão, o foco recai sobre problemas da gestão semântica e dos usos da língua. A segunda parte do artigo apresenta uma análise do poema, a fim de verificar o modo como o conceito de identidade é problematizado no texto.