Medicação de alto risco: reflexão da ritalina

Abstract

Objetivo: identificar os riscos e benefícios sobre a pratica de consumo não prescrito da Ritalina no Brasil. Métodos: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, considerando artigos publicados nas bases de dados por meio dos descritores: Psicofármacos, Metilfenidato, Ritalina e Medicamentos, no período de 2014 a 2018. Resultados: Resultou-se em 5.224.529 publicações que após análise, chegou-se a 11 artigos que abordavam o tema. Resultou-se na construção de três categorias: experiência com o uso do medicamento, estratégias de obtenção do metilfenidato, potenciais riscos e benefícios do uso de metilfenidato. Considerações finais: Conclui-se que o consumo de metilfenidato apresenta diversos efeitos colaterais e adversos como: sonolência ou insônia, alucinações, problemas cardiovasculares, psicose, dependência e depressão, principalmente se for consumido de forma não prescrita. Portanto, entende-se que ainda há a necessidade de investir em programas de fiscalizações de medicações, assim como em programas de educação sobre os riscos e benefícios dos psicoestimulantes, evitando o processo medicalizante entre a indústria farmacêutica e a medicinam.

Uso do metilfenidato no tratamento do transtorno de compulsão alimentar: uma revisão sistemática da literatura

“…Nesse sentido, Quilty, Knyahnytska, Davis et al (2015), ao destacar que a desregulação dopaminérgica pode representar um fator fisiopatológico do TCA, reconhece a possibilidade dela ser tratada a partir de medicação psicoestimulante, como o próprio metilfenidato. Ademais, Jacquemet, Menard, Gautier et al ( 2021) destacam a existência de interesse no uso do medicamento na condição pesquisada, embora também mencionam a necessidade de que a prescrição de tal tratamento tenha monitoramento especial para efeitos adversos, dentre os mais comuns é possível citar insônia, tonturas, euforia, desinteresse, irritabilidade, dores de cabeça e taquicardia (FILHO et al, 2020).…”

O uso inadequado de Ritalina® para melhoramento acadêmico universitário

“…Após inúmeros estudos e testes, ainda na década de 1950, ficou comprovado que o Metilfenidato poderia ser também usado nos problemas comportamentais apresentados por crianças com hiperatividade (Matos et al, 2018). Segundo Pereira Filho et al (2020), a Ritalina passou a ser comercializada, inicialmente na Suíça, logo após nos Estados Unidos da América (EUA) e por último na Alemanha.…”

“…No Brasil, o início da comercialização da Ritalina se deu no ano de 1998, e para ser dispensada é necessária a Notificação de Receita A, um impresso de coloração amarela para prescrição de medicamentos das listas A1 e A2 (entorpecentes) e A3 (psicotrópicos) (Melo et al, 2020). Desde então, o país se tornou o segundo maior prescritor e consumidor de cloridrato de Metilfenidato para o tratamento, evidenciando assim a necessidade de fiscalização e regulamentação quanto a prescrição, compra e consumo (Pereira Filho et al, 2020).…”

Imunização contra o papilomavírus humano (HPV): avanços e entraves no combate ao câncer de colo uterino

“…Os efeitos colaterais relatados em pacientes que tomam Ritalina incluem perda de apetite, dor de cabeça, aperto no peito, taquicardia, insônia, pressão arterial elevada, tremores, sudorese excessiva, boca seca, além de episódios de ansiedade, pânico ou psicose (FILHO et al, 2020).…”