O objeto do presente artigo são as imigrações internacionais para a região Nordeste do Brasil. Delimitamos o estudo em três grandes períodos. O primeiro compreende as últimas décadas do século XIX e a década de 1940. O segundo período, começa no Pós-Guerra e vai até o final 1980. O último começa na década de 1990 e se encerra em 2018. As questões que procuramos responder foram: quem são os imigrantes? Como eles se inseriram na região? E quais os desdobramentos econômicos, políticos, sociais e culturais? O estudo que deu origem a este artigo foi motivado pela necessidade de conhecer e dar maior visibilidade a presença migrante no Nordeste. Para respondermos nossas questões nos baseamos em dois olhares. O primeiro foi lançado a partir das pesquisas desenvolvidas no âmbito do Grupo de Estudos e Pesquisa “Processos identitários e Poder” – GEPPIP/UFS e o segundo a partir das dissertações e teses produzidas nos programas de pós-graduação da região. Como resultado identificamos que os fluxos foram mais intensos no primeiro e no terceiro períodos, que no primeiro estiveram presentes imigrantes originários da Europa e no terceiro estes estão acompanhados por imigrantes originários da Ásia e da África. Estes imigrantes se inseriram como trabalhadores, empresários e estudantes. Sua presença gerou questões políticas, econômicas, sociais e culturais. Muitas vezes estas questões se sobrepuseram, por exemplo, em torno de práticas econômicas e/ou políticas com a religiosidade e etnicidade entre imigrantes e brasileiros.