“Mas ele nunca me bateu”: Tipos de violência contra a mulher com ênfase na contextualização do abuso emocional por seus parceiros íntimos

Abstract

O estudo tem como objetivo identificar os diversos tipos de violência contra a mulher, com ênfase na contextualização do abuso emocional por seus parceiros íntimos. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo revisão integrativa de literatura, de caráter qualitativo, realizado por meio da busca de artigos indexados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com o auxílio das seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), National Center for Biotechnology Information (PUBMED), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), e Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PEPSIC). Os critérios de inclusão compreendem pesquisas de revisão da literatura disponíveis nos bancos de dados descritos, compreendidos entre os anos de 2000 a 2020. Os critérios de exclusão, foram artigos duplicados, incompletos, resumos, resenhas, debates, relato de experiência, artigos publicados em anais de eventos e indisponíveis na íntegra. Para o levantamento dos dados foram analisados 19 artigos e 05 estudos referentes à entidades de saúde. Os resultados do estudo evidenciam que, a desinformação quanto aos tipos de violência ainda é bastante visível entre as mulheres vítimas de algum tipo de violência. Assim, podemos concluir que, nem sempre o agressor irá agredir de forma física, deixando marcas visíveis nos corpos das vítimas. A violência moral, psicológica, patrimonial, necessita de maior visibilidade, para que as mulheres ampliem o conhecimento acerca da situação que está inserida, a fim de, identificar a situação da violência, e tratar dos agravos desenvolvidos de forma assistencial e humanizado.

Violência contra a mulher praticada pelo parceiro íntimo na pandemia

“…Contudo, ao longo do tempo, as participantes mencionam que passaram a sofrer violência psicológica, por meio de ameaças contra ela e seus familiares. Nesse sentido, autores reforçam que, no contexto da violência, muitas vezes, os danos emocionais podem ser mais graves que os físicos.Essas situações levam as mulheres a enxergarem um reflexo negativo sobre si mesmas, podendo desenvolver agravos futuros de saúde mental16 .Além disso, a partir das falas das participantes, é possível observar a representação do ciclo de violência. Autores afirmam que a violência inicia de forma lenta e, muitas vezes, não é percebida pelas mulheres.…”