MARICULTURA SUSTENTÁVEL NO LITORAL DO PARANÁ, BRASIL: atualidades e perspectivas

Abstract

A pesca vem apresentando dados de estabilização nas taxas de captura em todo o mundo, apesar do aumento do esforço com desenvolvimento de tecnologias. Essa tendência tem levado o pescador artesanal a buscar outras opções de sustento. Este artigo apresenta a maricultura destacando espécies nativas como a ostra (Crassostrea sp.) e o robalo peva (Centropomus parallelus). O cultivo dessas espécies é uma alternativa de atividade sustentável em ambientes estuarinos, onde é realizada a maior parte da pesca artesanal. São apresentados exemplos de cultivos produtivos e experimentais das espécies adaptadas ao ambiente estuarino e que apresentam demanda pelo consumidor, habituado a adquirir esses produtos.

Effects of salinity on the survival and histology of oysters Crassostrea gasar (Adanson, 1757)

“…Despite the wide tolerance that the oysters present, it is known that tissue changes and drastic reductions in oyster survival and growth rates can occur depending on the amplitude and velocity of salinity variation 587 Effects of salinity… Horodesky, A. et al (Downs et al 2009, La Peyre et al 2003, Levinton et al 2011, Parada et al 2012. Crassostrea gasar (synonymy = Crassostrea brasiliana) is present on the West coast of Africa from Senegal to Angola (Afinowi 1984), as well as on the Atlantic coast of South America, ranging from French Guiana to southern Brazil (Baldan andBendhack 2009, Lapègue et al 2002). This species is popularly known as the mangrove oyster because it fixes itself to mangrove roots in the intertidal zone, though it settles directly on the bottom substrate in the infralittoral zone (Areias 2012).…”

Desempenho do robalo-peva em diferentes temperaturas de cultivo

“…No geral, em curto prazo, as culturas de espécies exóticas se apresentam como solução ideal para garantir a oferta do pescado. Porém, problemas não previstos surgem durante o cultivo, como baixa resistência a variações climáticas e aos parasitas, além de dificuldades de comercialização de um produto ainda desconhecido do mercado consumidor (Baldan & Bendhack, 2009). Além disso, a variabilidade observada nos fatores abióticos, como temperatura da água, e nas respostas de desempenho dos peixes aumenta os riscos do investimento no cultivo de uma espécie nova na aquacultura.…”