Manifestações físicas da Síndrome Pós Unidade de Terapia Intensiva e a funcionalidade do sobrevivente: revisão integrativa. / Physical manifestations of the Post Intensive Care Syndrome and the survivor's functionality: an integrative review.

Abstract

RESUMOObjetivo: identificar em literatura nacional e internacional manifestações físicas da síndrome Pós Unidade de Terapia Intensiva e o seu impacto na funcionalidade do sobrevivente. Método: revisão integrativa, com adoção da estratégia PICO, realizada entre março e abril de 2020, nas bases de dados, Literatura Latino-Americana e do Caribe, Scientific Electronic Library Online e na PubMed, sendo incluídos artigos disponíveis na integra entre 2014 e 2019, nos idiomas inglês, português ou espanhol, que abordassem as manifestações físicas da síndrome pós UTI e/ou funcionalidade do sobrevivente, sendo excluídos artigos sobre a população pediátrica e neonatal. Resultados: a amostra final foi composta por seis artigos do tipo revisão, que apontaram a fraqueza muscular adquirida na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a dor crônica, a disfagia, a diminuição da capacidade pulmonar e a perda de capacidade funcional como as manifestações físicas mais frequentes da Síndrome Pós UTI. Conclusão: A presente revisão aponta para a necessidade de realização de pesquisas originais relacionadas a temática, para melhor compreensão das manifestações físicas da síndrome pós UTI e seu impacto a longo prazo na funcionalidade, além das demandas de reabilitação desse sobrevivente. Descritores: cuidados críticos; unidades de terapia intensiva; sobreviventes; debilidade muscular; revisão.

Deglutição de pacientes críticos e sua associação com características epidemiológicas e clínicas

“…Em relação ao tempo de internação no CTI prévio à avaliação fonoaudiológica, pôde-se observar mediana de sete dias de internação dos pacientes que apresentaram contraindicação da alimentação via oral na avaliação fonoaudiológica (FOIS 1), enquanto a mediana dos pacientes em FOIS 2 a 7 foi de 4 dias (p=0,006), sendo evidenciado risco do desfecho nada por via oral de 4% e 5% na análise de regressão simples e multivariada, respectivamente, a cada dia de internação no CTI. Com isso, acredita-se que fatores como oscilações nos níveis de consciência e fraqueza muscular adquirida na unidade de tratamento intensivo, frequentemente observados em pacientes com maior tempo de internação, também possam estar relacionadas à contraindicação da via oral segura, pois estudos trazem esses fatores como potenciais para o surgimento de disfagia 2,3,22 .…”

“…A fraqueza muscular adquirida na UTI tem como características o comprometimento da inervação, da musculatura periférica e dos músculos respiratórios, podendo evoluir inclusive para insuficiência respiratória aguda 22,23,24 Um estudo de revisão 25 relata que os pacientes com internação prolongada adquirem fraqueza generalizada decorrentes do imobilismo, atingindo o sistema músculo esquelético, respiratório, entre outros. O referido estudo também reforça a dificuldade da avaliação da fraqueza muscular na UTI, pois além da escassez de estudos sobre o tema, as escalas de avaliação não são específicas para a população que foi avaliada 25 .…”