Introdução: Vacinar crianças a partir dos primeiros meses de idade é uma ação de proteção específica contra doenças graves, incluindo a H1N1, responsável por elevadas taxas de morbimortalidade infantil. Objetivo: O propósito desta pesquisa foi analisar os fatores que levam as mães/acompanhantes de crianças de 0 a 2 anos a não manterem o cartão de vacina das crianças em dia na sala de vacinação, mostrar as influências dos aspectos sociais e epidemiológicos, evidenciar as questões culturais e caracterizar o perfil dos pais em relação à vacina H1N1. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório sobre os fatores da não adesão à 2ª dose da vacina contra a H1N1 em um centro de saúde-escola. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de campo, utilizando um formulário com 8 perguntas fechadas e 1 pergunta aberta. A coleta de dados aconteceu em local agendado pelo sujeito da pesquisa, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP). Resultados: Entre os participantes, a mulher é a personagem principal no trato de questões de saúde, correspondendo a 85% dos entrevistados. Ficou claro que 54% gastaram até 10 minutos para chegar à unidade de saúde. Observou-se que 46% da população pesquisada não terminou o segundo grau. Conclusões: Os dados socioepidemiológicos e culturais não influenciaram a não adesão à 2ª dose da vacina contra H1N1. Após a análise das entrevistas, foi possível observar que existem fatores como: ausência de informação quanto à necessidade do retorno à unidade de saúde para completar o esquema de vacinação; descompasso entre a informação da ficha de registro na unidade de saúde e o que estava anotado no cartão da criança; e falta de vacina na unidade, o que interfere a atualização do cartão das crianças. Portanto, ressalta-se a importância da busca ativa dos faltosos para se obter dados fidedignos quanto à cobertura vacinal. Essa temática poderá ser mais explorada em pesquisas futuras, pois há muitas questões complexas relacionadas à não adesão à vacina H1N1.