A fratura supracondiliana do úmero é uma das mais frequentes na faixa etária pediátrica, se destacando pela alta frequência e pelos riscos que a acompanham. Descrever o perfil clínico e assistencial dos indivíduos com fratura supracondiliana de úmero em um Hospital de referência do Recife. O estudo foi quantitativo, do tipo transversal descritivo, cuja amostra foi composta por crianças e adolescentes, captados na enfermaria de trauma do Hospital Otávio de Freitas. Foram incluídos aqueles indivíduos com diagnóstico médico de fratura supracondiliana de úmero e excluídos aqueles com déficit cognitivo que não permita atender aos comandos solicitados, presença de outra morbidade ortopédica e episódios prévios de refratura no mesmo segmento acometido. Foi aplicada uma ficha de coleta elaborada pelos pesquisadores para coleta de dados antropométricos, sóciodemográficos e funcionais. Os dados foram expostos em tabelas e gráficos do Microsoft Excel, utilizando medidas de tendência central e proporção. Foram avaliadas 50 crianças e adolescentes, com média de idade 6,16 (± 1,17) anos, peso médio de 23,08 (± 3,32) Kg, altura média de 1,17 (± 0,34) metros e índice de massa corpórea de 17,48 (± 1,27), tendo como membro de dominância o dimidio esquerdo. 30% residiam em região metropolitana, 38,89% tiveram alta no primeiro dia de pós operatório, 54% tiveram como queixa principal a dor, 38% tiveram grau de força 3 para membro superior proximal e 92% tiveram grau de força 5 em membro superior distal. 62% tiveram como etiologia traumas de baixa energia, com 28% realizando condutas no pré operatório compostas por ajustes de posicionamento, mobilização passiva e ativo-assistida no membro afetado. No pós operatório, 28% realizaram como condutas os ajustes de posicionamento, mobilização passiva e ativo-assistida, bem como cinesioterapia ativa e orientações. O perfil de pacientes atendidos era mais frequente no sexo masculino, no membro superior esquerdo, associado com traumatismos de baixa energia, bem como submetidos as condutas fisioterapêuticas de mobilizações articulares, cinesioterapia e orientações.