Sabe-se que atualmente na rotina dos consultórios odontológicos a frequência de pacientes que fazem o uso de anticoagulantes e antiagregantes plaquetários, é considerável. Esses medicamentos atuam na diminuição da coagulabilidade do sangue, evitando problemas tromboembólicos. Com a evolução dos estudos a cerca deste tema, é possível observar que há uma diversidade de protocolos propostos na literatura que visam o atendimento seguro desses pacientes. Esses protocolos vão desde a troca dos medicamentos, diminuição ou pausa da medicação antitrombótica, até sua manutenção, ressaltando o emprego de técnicas hemostáticas locais. Tendo em vista a utilização de terapia antitrombótica por esses indivíduos que passaram a fazer consultas odontológicas constantes, o propósito deste estudo foi analisar, por meio de uma revisão da literatura, através da pesquisa nas bases de dados Scielo, Bireme e Pubmed, a forma mais adequada para realizar o atendimento desses pacientes que são sujeitos à realização de cirurgias orais. O teste de INR é um cálculo realizado entre o tempo de protrombina e a média do intervalo normal da coagulação, onde demonstra que é confiável realizar cirurgias odontológicas se o INR estiver entre 2 e 3,5. Caso esteja superior a 5, não é recomendado executar nenhum procedimento. Alguns autores afirmam que é confiável realizar cirurgias odontológicas sem grandes sangramentos e de forma segura, desde que o INR esteja em níveis seguros. Nessa perspectiva, foi possível concluir que a manutenção na terapia anticoagulante, associada ao uso de métodos de hemostasia local, representa o protocolo mais apropriado para os casos cirúrgicos a nível ambulatorial.