Malformação Arteriovenosa da Veia de Galeno no Recém-Nascido

Abstract

A Malformação Arteriovenosa da Veia de Galeno (MAVG) representa cerca de 1% das malformações vasculares intracranianas. É caracterizada por uma dilatação acentuada da Veia de Galeno, contendo múltiplas fístulas arteriovenosas que drenam para uma veia prosencefálica mediana chamada de veia de Markowski, precursora da veia de Galeno. A MAVG tem etiologia ainda desconhecida e sem relação com histórico familiar. Durante o período perinatal, a primeira manifestação clínica geralmente é o quadro de insuficiência cardíaca. O diagnóstico pode ser obtido desde a gestação através da ultrassonografia gestacional e, posteriormente, através de ultrassom transfontanelar, ressonância magnética e angiografia, sendo este o exame padrão. O método mais seguro e mais aceito atualmente para o tratamento é a embolização endovascular. Apresentamos o caso de um recém-nascido com ultrassonografia gestacional sugerindo MAVG, com quadro clássico de insuficiência cardíaca 8 dias após seu nascimento, com hipótese confirmada após investigação com neuroimagem. Após estabilização clínica durante o internamento, o paciente foi submetido à embolização em 3 etapas com boa evolução clínica. A deterioração do prognóstico, quando não tratada, ressalta a importância de se diagnosticar precocemente essa condição que, apesar de rara, deve entrar como diagnóstico diferencial frente a um recém-nascido com insuficiência cardíaca.

Cuidados de enfermagem ao recém-nascido com hidrocefalia: Uma revisão da literatura

“…O diagnóstico precoce se faz necessário, através da ecografia pré-natal, visto que as manifestações tardias como insuficiência cardíaca deterioram o prognóstico dos pacientes. A partir da 14ª semana de gestação, o diagnóstico já é possível de ser realizado e podem ser encontradas hidrocefalia e oligodramnia concomitantemente (Silva et al, 2016).…”

Vein of Galen Aneurysmal Malformations in Pediatric Patients Submitted to Endovascular Treatment: Report of 3 Cases

“…1 It is characterized by multiple arteriovenous fistulas (AVFs) between arterial branches and a median prosencephalic vein (MPV), the embryonic precursor of the vein of Galen (VG). 2 It is believed to occur between the 6th and 11th week of fetal formation. 3 Genetic predisposition and association has been reported, such as RASA 1 mutation.…”

“…5 Despite its low incidence, it is an important morbidity and mortality factor in newborn babies (NBs) and can also be diagnosed in infants, children and, less frequently, adults. 2 Differences in its clinical evolution, angioarchitecture, and effects on systemic physiology make its approach complex and challenging. 5 In the absence of treatment, these malformations are fatal in almost 100% of the cases due to multiple organ failure in the first weeks of life or to complications of hydrocephalus in the first years of life.…”