IntroduçãoA malária é provavelmente tão antiga quanto a espécie humana, porém sua etiologia só foi descoberta no final do século XIX. Em 1898, Ronald Ross provou que o vetor de transmissão era o mosquito. Alguns anos antes, em 1880, Charles-Louis-Alphonse Laveran foi o primeiro a identificar o parasita da malária no microscópio (DESOWITZ, 1991). Em 1820, o quinino começou a ser produzido em larga escala, permanecendo como única droga para tratamento da malária por cerca de 110 anos (BOYD, 1949; JARCHO; TORTI, 1993). Em 1905, Carlos Chagas estabeleceu a importância das condições da habitação para a transmissão da doença, sugerindo o uso de telas e a fumigação das casas pelo vapor de enxofre (CHAGAS, 1934;SILVEIRA;REZENDE, 2001). Pela primeira vez foi caracterizado o conceito de malária como doença domiciliar, raramente adquirida no exterior do domicílio, e foi adotada medida visando a eliminação do mosquito transmissor (DEANE, 1986). Em 1940 Paul Müller patenteou o DDTque permite eliminar mosquitos presentes no interior de domicílios através da borrifação (DESOWITZ, 1991). Com base nesse conhecimento adquirido desde o final do