“…Desde seu estudo de mestrado, uma das marcas de originalidade das investigações realizadas por Sposito, e que nos legou uma o obra como a Ilusão Fecunda, tem a ver com o diálogo que a pesquisadora estabeleceu com uma perspectiva de Sociologia e Sociologia da Educação desenvolvidas pioneiramente por Florestan Fernandes, Antonio Cândido, Luiz Pereira e Celso de Rui Beisiegel na USP, a partir dos anos de 1960de (Beisiegel, 2013Castro & Martins, 2009), mas também porque a pesquisa não tomou com referências centrais, em suas incursões de pesquisa sobre os problemas da educação escolar brasileira, os marcos teóricos do desenvolvimento econômico, da marginalidade e da dependência, ou os aportes teóricoempíricos da ideologia e dos aparelhos ideológicos de Estado, ou ainda as proposições teóricas e metodológicas da sociologia da reprodução da cultura e da violência simbólica 1 . Assim, registramos aqui que uma marca da originalidade dos estudos realizados por Sposito, desde os anos de 1970, teve relações com um modo de pesquisa sociológica que se volta à problematização das ações coletivas de base popular que no espaço público empreenderam lutas pela expansão do direito de acesso à educação escolar primária e secundária no estado de São Paulo e em sua capital, primeiro, em contexto político marcado por governos populistas, nos anos de 1940 e 1950 (Sposito, 1982(Sposito, , 1983, posteriormente, na realidade urbana do município de São Paulo, no contexto de governos do regime militar e também em governos eleitos pelo voto no período da transição democrática já nos anos iniciais de 1980 (Sposito, 1986(Sposito, , 1989(Sposito, , 1993.…”