“…Não é objetivo deste artigo esmiuçar os significados e conceitos atribuídos à memória -nem tampouco ao seu par antitético, a amnésia e o direito ao esquecimento-, aos quais têm se dedicado inúmeros autores do campo das ciências sociais (CON-NERTON, 1989ARNOLD-DE-SIMINE, 2013;HALBWACHS, 2013;LE GOFF, 1990;NORA, 1984;POLLAK, 1989;RICOEUR, 2007, TODOROV, 2013. Tão somente serão alvo de algum aprofundamento certas definições à medida em que servirão de suporte às análises pretendidas, que têm como objeto aspectos da arquitetura e da museologia neste tipo de instituição, cujo aumento numérico e de visibilidade nas últimas décadas tem sido alvo de diversos estudiosos, seja no âmbito mais geral do objeto rememorado (ARANTES, 1993;BRESCIANI & NAXARA, 2004;CUNDY & PÖRGZEN, 2016;HOWES, 2014;HUYSSEN, 2000) ou no campo específico das memórias traumáticas, tanto em âmbito global (GREENBERG, 2010;HANSEN-GLÜCKLICH, 2016;WILLIAMS, 2007;STURKEN, 2011STURKEN, , 2015, quanto latino-americano (CABRAL, 2019;CYMBALISTA, 2019;CONSIDERA, 2015;LIFS-CHITZ, 2014;MENESES, 2018;MORA, 2013;TORRE, 2006;SILVESTRI, 2000).…”