<b>Educação em saúde para o trânsito em uma unidade pediátrica de hospital público / Health education for transit in a pediatric unit of public hospital

Abstract

RESUMOTrata-se de um estudo quantitativo, descritivo e exploratório que objetivou verificar o conhecimento de crianças e adolescentes, de sete a 14 anos incompletos, internados em um Hospital Universitário do Paraná acerca do comportamento seguro e educação para o trânsito, antes e após a prática educativa. Foram realizados encontros nos quais foi aplicado um questionário assistido para avaliação do conhecimento prévio, realizada prática educativa, seguida de aplicação do questionário para avaliação do conhecimento adquirido. Participaram 41 crianças e adolescentes, e os tópicos abordados foram o transporte em motocicletas, uso do dispositivo de segurança, posição da criança no veículo, de acordo com a idade, equipamentos de segurança para a bicicleta, cuidados para atravessar a rua e significado das cores do semáforo. Os resultados indicam que houve elevação no nível de conhecimento após a aplicação da prática educativa em quase todos os aspectos, com exceção dos equipamentos de segurança para uso de bicicleta. Conclui-se que a educação em saúde para o trânsito é uma estratégia efetiva para sensibilizar as crianças e adolescentes ao comportamento seguro no trânsito e que o período de hospitalização pode ser utilizado para estas orientações, que foram bem aceitas pelas crianças e suas famílias.Palavras-chave: Educação em saúde. Promoção da saúde. Acidentes de trânsito. INTRODUÇÃOAs crianças e jovens, por estarem em fase de desenvolvimento e crescimento têm maior propensão a lesões fatais ou complicações, localizadas em algumas partes de seu corpo, quando expostas aos acidentes. Além dos custos sociais, econômicos e emocionais, os acidentes na infância são responsáveis não só pelo grande número de mortes, mas também pelas injúrias, traumatismos não fatais e sequelas, que exercem grande impacto na vivência familiar e na sociedade.No Brasil, a taxa de mortalidade por acidentes de trânsito é de 20 para cada 100.000 habitantes, superior as taxas da Suécia, Japão e Canadá, que variam de cinco a oito mortes para cada 100.000 habitantes (1) . Estes dados mostram que os acidentes de trânsito se destacam dentre as causas externas de morte no Brasil.A mortalidade por acidentes e violência compõe a segunda causa de morte para a população em geral e a primeira em crianças e adolescentes de cinco a 19 anos (2) . Constituem, assim, importante problema de saúde pública, o que requer conhecimento de sua magnitude, características e impacto na vida das pessoas (3,4) . As crianças e adolescentes, seres humanos em crescimento e desenvolvimento, precisam explorar e conhecer o ambiente a sua volta e, assim, consequentemente, crescer normalmente e aprimorar seu conhecimento sobre o mundo. Para que ela possa percorrer esta etapa de sua vida sem prejuízos, é necessário gozar de saúde (5) . Considerando a premissa abordada acima, entende-se que um dos aspectos na construção de uma vida saudável é o comportamento seguro no trânsito. Uma das medidas já institucionalizadas, nesse sentido, é a Resolução 277/08 que

Educational Interventions for Reducing Traffic Accidents Undertaken in the School Environment: Systematic Review

“…The peculiarities of this growth and development process place children in a vulnerable condition, in view of their dependence on their parents, family members, society and public authorities. Therefore, it is necessary to draw attention to the importance of making vehicle drivers aware of the effects that behavior in traffic and adult driving can have on their children (CASAROLLI et al, 2014).…”