Low soil nutrient availability does not decrease post-drought recovery of Brachiaria Mavuno

Habermann, Eduardo; Oliveira, Eduardo Augusto Dias de; Barreto, Rafael Ferreira; Martínez, Carlos A.

doi:10.1007/s40415-021-00762-4

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“…O melhor ajuste destas plantas aos sistemas de produção no Cerrado dá indícios que elas não têm o grau de tolerância necessário para o semiárido. Contudo, surgiram relatos recentes de respostas positivas ao déficit hídrico (Beloni et al, 2018;Habermann et al, 2021).…”

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Resposta produtiva e morfológica de cultivares de Urochloa spp. ao déficit hídrico

Da Silva,

Vieira,

Silva

et al. 2024

CLCS

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O aumento da frequência e intensidade das secas no ambiente tropical leva a necessidade de se avaliar a resposta de recursos genéticos em uso quanto ao surgimento desse tipo de desafio climático. Plantas do gênero Urochloa são muito adaptadas ao Cerrado, mas podem ter sua resposta limitada no semiárido devido à baixa precipitação. Assim, avaliar a resposta de cultivares como Paiaguás (PAIA) e dos híbridos Mulato II (MUL), Cayana (CAYA) e Sabiá (SAB) em comparação a plantas convencionais como Marandu (MAR) pode trazer indicativos sobre a tolerância à seca. Dessa forma, o objetivo foi avaliar a resposta produtiva e morfológica de cinco cultivares de Urochloa sem e com restrição hídrica. O delineamento foi em blocos ao acaso com cinco repetições e o esquema foi em parcelas subdivididas 5 × 2, no qual as cultivares foram alocadas na parcela e os períodos sem e com estresse foram alocados na subparcela. As plantas foram estabelecidas em vasos em casa de vegetação e mantidas irrigadas a 100% da capacidade de campo. Foram realizados 2 cortes de uniformização e realizadas as adubações para marcar o início ao período sem estresse (irrigação com 80% da capacidade de campo). Após o primeiro ciclo de avaliação, as plantas foram submetidas a um período de estresse (20% da capacidade de campo) e colhidas novamente. Foram avaliados a altura de planta, número de perfilhos (NPERF), massa seca de forragem (MSF), a composição morfológica, peso médio de perfilhos (PMP), volume de raiz (VOL) e massa seca de raiz (MSR). A altura da PAIA foi superior às demais tanto sem quanto com restrição hídrica. Apenas as cultivares MUL e CAYA reduziram a altura com o estresse. Já o NPERF do MUL (26,0) foi estatisticamente maior que PAIA (17,9), não sendo observado efeito do estresse sobre essa variável. Não houve diferença entre as cultivares quanto a MSF, que foi afetada apenas pelo período. A massa média das plantas de Urochloa reduziu de 5,0 para 2,3 g/vaso (-54%). A porcentagem de folhas (%FOL) foi afetada somente pelas cultivares, sendo que PAIA apresentou valor inferior às demais (69,15%). SAB e PAIA apresentaram maior porcentagem de colmos (%COL) sem estresse ao passo que PAIA apresentou maior %COL em situação de déficit hídrico. Para todas as cultivares, a porcentagem de material morto foi significativamente maior sob déficit hídrico (4,81%) comparada a condição sem estresse (0,86%), não havendo diferença entre as cultivares. A cultivar PAIA também apresentou menores valores de massa e volume de raiz que as demais que não diferiram entre si. O estresse reduz a biomassa aérea das cultivares de Urochloa e resulta em maior senescência. A cultivar Paiaguás apresenta aspectos morfológicos distintos das demais que são condizentes com uma planta mais tolerante ao estresse.

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