Long and short-term pedogenetic processes in ferralsols from magmatic province of Paraná, Brazil

Efeito da bioturbação na assembleia de fitólitos em Latossolos da Província Basáltica do Paraná

“…A via geoquímica é conhecida como ferralitização, e envolve a lixiviação intensa de bases (Ca, Mg, K, Na) e da sílica, dando lugar a uma mineralogia relativamente simples composta de caulinita, óxidos de ferro e de alumínio com baixa presença de minerais primários decomponíveis na fração areia (Breemen;Buurman, 2002). A via biológica, denominada como bioturbação, está relacionada ao retrabalhamento pela macrofauna das partículas do solo levando ao remonte, mistura e soterramento, sendo capazes de criar camadas porosas e relativamente homogeneizadas nos horizontes dos solos (Buol;Eswaran, 1999), Vidal-Torrado;Cooper, 2008;Chiapini, 2021).…”

“…A estrutura granular, microagregada, comum no horizonte B dos Latossolos pode ser de origem biológica, onde ocorre a obliteração dos agregados maiores formando pequenas estruturas muito estáveis que exibem diversas morfologias como oval, irregular, arredondado e poliédrico (Miklós, 1992;Vidal-Torrado, 1994;Schaefer, 2001;Chiapini, 2021) Por serem considerados os solos de maior estágio de evolução pedogenética, assumese que os Latossolos sejam poligenéticos, ou seja, ao estarem situados em posições muito antigas e estáveis na paisagem, experimentaram diferentes situações climáticas que significaram mudanças vegetacionais ao longo de sua formação (Muggler;Buurman, 2000).…”

“…As feições pedológicas de origem biológica foram observadas em diferentes escalas, tanto em macroescala (visíveis em campo) quanto microescala (visíveis microscopicamente) por Chiapini (2021). Para identificar as biofeições em macroescala o perfil foi descrito morfologicamente utilizando uma malha dividida em quadrantes de 30 x 30cm da superfície até o contato com saprólito.…”

“…A ausência de morfotipos diagnósticos no momento ambiental I do perfil P3 (devido a tafonomização) prejudica inferências ambientais a partir dos fitólitos para esse período, pois os grupos estabelecidos na contagem podem apresentar problemas como super-representação, redundância, multiplicidade e efeito da bioturbação, que são significativos nesta zona. Apesar do viés apresentado com relação a assembleia fitolítica, os dados isotópicos do mesmo perfil, utilizado como marcador ambiental para reconstrução paleoambiental por Chiapini (2021), constata-se similaridade com as condições ambientais estabelecidas a partir da assinatura fitolítica.…”

“…Esses resultados associados aos índices de Ic e o valor isotópico são indicativos de um período mais quente e seco que os anteriores e que sofreu maior estresse hídrico devido ao alto valor de Fs. Momento Ambiental correspondente período III de (Chiapini, 2021), reforçando os dados isotópicos. As mesmas condições ambientais em escala regional para esse período foram encontras por outros autores (Behling, 2002(Behling, , 1998(Behling, , 1997Bertoldo et al, 2014;Calegari, 2008;Chiapini, 2021) uma vegetação mais aberta, realçando que esse período foi um momento mais quente e seco ao longo do perfil, com isso os dados apresentados possuem congruência com outros estudos em escala local e regional (Behling, 2002;Calegari, 2008;Chiapini, 2021;Pessenda Et Al., 1998).…”