Em ensaios de resistência à compressão não confinada a NBR 12770 (ABNT, 1992), referente à compressão não confinada de solos coesivos, estabelece que a velocidade de carregamento esteja compreendida no intervalo de 0,5 a 2 % de deformação axial por minuto; já a NBR 12025 (ABNT, 2012), referente a solo-cimento, estabelece que a velocidade seja de 1 mm/min. Em ensaios de resistência à tração por compressão diametral a norma ME 181 (DNER, 1994) estabelece uma velocidade de 0,5 MPa ± 0,02 MPa. Neste último caso, como nem sempre nos laboratórios estão disponíveis prensas que consigam aplicar tensões controladas, adapta-se uma determinada velocidade para prensas de deformação controlada. Este trabalho buscou realizar a influência da velocidade de aplicação de carga nos ensaios de resistência à compressão não confinada e de resistência à tração por compressão diametral de solos compactados. Para a realização dos ensaios, foram utilizados dois solos provenientes da região do Alto Paraopeba, coletados no município de Jeceaba-MG. Os corpos de prova foram confeccionados no cilindro Proctor, com as dimensões de 12,7 cm de altura e 10 cm de diâmetro, na energia normal. Os ensaios realizados foram os de resistência à compressão não confinada e de resistência à tração por compressão diametral. A ruptura dos corpos de prova foi realizada em uma prensa automática e as velocidades de deslocamento do prato da prensa avaliadas foram de 0,5 mm/min, 0,75 mm/min, 1 mm/min, 2 mm/min e 10 mm/min. Verificou-se que no ensaio de RCNC ambos os solos testados apresentaram um aumento da resistência com o aumento da taxa de deformação. No ensaio de RTCD o solo marrom apresentou aumento da resistência com o aumento da taxa de deformação e o solo vermelho apresentou o comportamento inverso. PALAVRAS-CHAVE: Velocidade de carregamento, solos compactados, Resistência à compressão não confinada, Resistência à tração por compressão diametral.