A questão central, aquela que move o andamento do livro que ora o leitor tem em mãos é: qual a doutrina militar adotada pela arma militar terrestre portuguesa ao longo do processo expansionismo e conquista territorial que se estendeu pelos séculos XV e XVI? Dito de outra forma: como lutaram as tropas lusitanas durante as operações empreendidas em três continentes durante o período de conquista do seu império marítimo? A hipótese formulada é a de que ao longo da expansão imperial portuguesa, que se desdobrou por operações militales em três continentes, as tropas lusitanas lutaram animadas por um anacrônico espírito de cavalaria. Pleiteia-se que o princiapal componente tático-estratégico das ações ofensivas e defensivas da força militar terrestre e naval portuguesa foi o da persitência de um imaginário cavaleiresco. De um ponto de vista estritamente militar, a expansão imperial foi uma espécie de incursão da cavalaria do mar.