“…Quanto à precipitação de crises financeiras (bancárias, cambiais ou ambas) em países em desenvolvimento, uma tradição mais próxima ao pensamento econômico dominante sublinha a conexão entre tomada excessiva de risco pelos bancos a partir da rede governamental de segurança (Mishkin, 2005), do distanciamento dos especuladores de curto prazo frente aos fundamentos de longo prazo (Stiglitz, 2000) e das externalidades decorrentes do comportamento especulativo (Korinek, 2011). As interpretações pós-keynesianas reconhecem tais aspectos e avançam ao relacionar as medidas liberalizantes ao fortalecimento do comportamento especulativo (já existente em uma economia monetária de produção), isso afeta negativamente o ritmo de crescimento, afinal, o investimento passa a ser prejudicado pela ascensão dos custos financeiros decorrentes do favorecimento do financiamento especulativo de curto prazo frente ao de longo prazo (Kregel, 1996;Paula et al, 2012;Palley, 2013).…”