Levantamento Socioeconômico da Atividade Pesqueira Artesanal na Vila do Sucuriju, Amapá, Brasil

Abstract

Com o objetivo de elaborar o levantamento socioeconômico de pescadores residentes na Vila do Sucuriju-AP e de caracterizar a atividade pesqueira, foram realizadas 40 entrevistas com pescadores (idade média de 40 anos e a maioria com 1º grau incompleto) por meio de aplicação de questionários semiestruturados. A atividade pesqueira é realizada em duas regiões: dos lagos (35% dos pescadores) e costeira (65%). As canoas foram as embarcações mais citadas para as pescarias e os principais petrechos utilizados foram: espinhel, arpão, rede de emalhar e linha de mão. A renda mensal obtida com a pesca variou de um a três salários mínimos, sendo a uritinga (Hexanematichthys proops) a principal espécie capturada. Entre os peixes mais comercializados destacaram-se: gurijuba (Hexanematichthys parkeri) e bagre (Arius sp.), tendo a salga como a principal forma de conservação do pescado. A gurijuba é o pescado de maior valor econômico, na região costeira e o pirarucu (Arapaima gigas) na região dos lagos. Para a garantia da manutenção dos recursos pesqueiros de maneira sustentável, uma vez que a economia da Vila do Sucuriju é baseada na pesca artesanal, seria necessária a organização participativa, de todos os pescadores na cadeia produtiva. Palavras chave: Gurijuba, pescadores artesanais, pirarucu, recurso pesqueiro.

A Atividade Pesqueira Na Foz Do Amazonas, Arquipélago Do Bailique-Amapá, Brasil

“…Os pescadores das comunidades estudadas do arquipélago do Bailique apresentam idade média condizente com relatado em outras comunidades pesqueiras já estudadas em zonas estuarinas do país (SILVA-GONÇALVES e D' INCAO, 2016;MUSIELLO-FERNANDES et al, 2017), assim como em comunidades ao longo da costa Amazônica (SILVA et al, 2008, SANTOS-FILHO et al, 2011JIMENEZ et al, 2020), com visível representatividade do gênero feminino atuando na atividade pesqueira. A participação feminina na pesca era inviabilizada ou descrita num contexto de cooperação, porém isso tem mudado.…”

“…A composição de tripulantes nas embarcações atuantes na pesca em Bailique é caracterizada por apresentar mais de um pescador, entre 3 e 9 pessoas variando de acordo com tamanho, capacidade e autonomia da embarcação. Essa organização da atividade pesqueira é condizente com o relatado em outras áreas de pesca na costa Amazônica (SILVA et al, 2008, SANTOS-FILHO et al, 2011JIMENEZ et al, 2020) e, até mesmo em áreas de pesca de outros países (GARCÍA-DE- LA-FUENTE et al, 2013). A variação do tamanho das embarcações é semelhante ao município de Cabo Frio, costa leste do Rio de Janeiro (SILVA et al, 2014).…”

“…Alguns estudos já foram realizados para investigação da atividade pesqueira na costa amazônica, SILVA e DIAS (2010) investigaram a atividade extrativista pesqueira tradicional no Amapá ao longo da costa amapaense; SANTOS-FILHO et al (2011) realizaram o levantamento socioeconômico dos pescadores da Vila Sucurijú, caracterizando a atividade pesqueira que ocorre em ambientes estuarinos e lacustres. ZACARDI et al (2016) investigaram a atividade pesqueira no município de Calçoene e a atividade pesqueira que se estende desde o estuário e desembocadura do rio Calçoene até a foz do rio Oiapoque, ambiente de transição tipicamente estuarino.…”

A Pesca Da Corvina Cynoscion Virescens (Cuvier, 1830) No Litoral Amazônico Brasileiro (Considerações E Aspectos Importantes) - Uma Revisão De Literatura

“…As viagens duram de 10 a 25 dias, operadas por quatro a doze pescadores (BENTES et al, 2012). Outra arte usada é o espinhel de fundo, com aproximadamente de 2.000 m de comprimento com 3.000 anzóis, cerca de oito pescadores operam por embarcação; viagens que duram em torno de 15 dias e produção estimada de 7 a 8 toneladas (BENTES et al, 2012;SANTOS-FILHO et al, 2011). Fonte: MMA/IBAMA, 2000, 2001MPA, 2008MPA, , 2009MPA, , 2011 Assim, temos a produção da pescada-cambuçu no litoral amazônico e a produção total A produção média desembarcada ao longo dos anos (Figura 12), foi estimada considerando todos municípios, artes de pesca e embarcações empregados na captura da C. virescens no litoral paraense (FREITAS et al, 2021).…”

Engenharia de Pesca: o avanço da ciência no Brasil

“…As embarcações do tipo Barco de Pequeno Porte (BPP) podem atuar sobre estoque pesqueiro definido como: pesca do pargo (Lutjanus purpureus) (Poey, 1866), pesca da gurijuba (Sciades parkeri) (Traill, 1832), pesca do peixe-serra (Scomberomorus brasiliensis) (Collette, Russo & Zavala-Camin, 1978), nas zonas costeiras ou ainda atuar nas zonas estuarinas voltado para captura de peixes diversos (BENTES et al, 2012) (Figura 11B). Segundo Santos-Filho et al (2011), a capacidade de armazenamento deste tipo de embarcação varia de 2,5 a 8 toneladas movidas a motor com potência de 12 a 69 HP, munido de ferramentas que auxiliam a navegação como rádio, bússola e GPS. As artes usadas na categoria BPP são as redes de nylon multifilamento, o tamanho do apetrecho varia conforme o tamanho da embarcação.…”