Levantamento de intervenções fisioterapêuticas na área de reabilitação neurofuncional em pediatria pós acometimento de Acidente Vascular Cerebral, hemorrágico ou isquêmico / Survey of physiotherapeutic interventions in the area of Neurofunctional Rehabilitation in pediatrics after hemorrhagic or ischemic stroke

Abstract

RESUMOO Acidente Vascular Cerebral (AVC), quando ocorre na infância, pode causar grandes comorbidades, como sequelas motoras, cognitivas e comportamentais. Para a reabilitação pós AVC infantil a Fisioterapia dispõe de várias técnicas, recursos e métodos. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo agrupar e apresentar intervenções fisioterapêuticas na área de Reabilitação Neurofuncional em Pediatria aplicadas em pacientes que sofreram acidente vascular cerebral, hemorrágico ou isquêmico. Para tanto, desenvolveu-se uma revisão sistemática e narrativa da literatura. Foi realizado um levantamento bibliográfico de artigos indexados nas principais bases de dados como PubMed, SciELO e LILACS-BIREME que reportam tratamento fisioterapêutico pós acidente vascular cerebral em crianças. Na sequência foi feito um levantamento de artigos científicos com abordagens de intervenções fisioterapêuticas, convencionalmente utilizadas em pacientes adultos, e que podem ser adaptadas e aplicadas na Reabilitação Neurofuncional em crianças, na faixa etária de interesse. Assim, as intervenções fisioterapêuticas no caso de AVC, isquêmico ou hemorrágico, em crianças devem ser realizadas na fase inicial, com a finalidade de evitar a morte de tecido cerebral, bem como maiores consequências desfavoráveis para o paciente. A Fisioterapia contribui no tratamento do AVC infantil por meio de alguns procedimentos, dentre eles, pode ser destacado a Terapia de Restrição e Indução do Movimento (TRIM), o Método Bobath, a Terapia do Espelho (TE), a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP), Fisioterapia Aquática e Cinesioterapia. Dessa forma, os tratamentos propostos pela Fisioterapia Neurológica estão centrados na manutenção da flexibilidade, promoção de força, facilitação das habilidades funcionais, bem como sentar ou andar, e fomentar padrões normais de movimento, induzir o desenvolvimento motor e promover a independência na mobilidade e na autonomia.