Abstract:The tree legume Leucaena leucocephala (leucaena) is a high quality ruminant feed, vitally important for livestock production in the tropics, despite the presence of mimosine in the leaves. This toxic non-protein amino acid has the potential to limit productivity and adversely affect the health of animals. In the 1980s, the ruminal bacterium Synergistes jonesii was discovered and subsequently distributed in Australia as an oral inoculum to overcome these toxic effects. However, in recent times, a number of fact… Show more
“…Essa substância tóxica é um aminoácido não protéico (β-[N-(3-hidroxi-4-oxopiridil)]α-ácido aminopropiônico), com efeito depilatório, não bociogênica e considerada responsável pelos sinas clínicos nos animais intoxicados (Tokarnia et al 2012). A ação antimitótica da mimosina é capaz de inibir a síntese de DNA e de cisteína, afetando os folículos ativos e o crescimento de pelos pré--formados (Malafaia et al 1994, Luo et al 2000, Halliday et al 2013. O efeito depilatório da leguminosa é evidente quando os níveis de mimosina na dieta são maiores que 0,015% do peso do animal (Halliday et al 2013).…”
Section: Discussionunclassified
“…Leucaena leucocephala é uma leguminosa arbórea de ampla distribuição muito utilizada na alimentação de ruminantes nas regiões tropicais e subtropicais (Hammond 1995, Riet-Correa et al 2004, Halliday et al 2013. É uma planta de alto valor nutritivo, com alto índice protéico, de boa digestibilidade, perenidade e palabilidade, porém seu consumo exagerado pode levar a um quadro de intoxicação, acarretanto em prejuízos econômicos pela redução na produtividade ou pela morte dos animais (Jones et al 1978, Almeida et al 2006, Peixoto et al 2008.…”
Section: Introductionunclassified
“…A intoxicação pela L. leucocephala ocorre quando seu consumo ultrapassa 30% da alimentação diária (Holmes 1981, Halliday et al 2013) e tem como princípio ativo o aminoácido não protéico denominado mimosina (Riet--Correa et al 2004). A mimosina e seus principais metabólitos, 3,4-dihidroxipiridona (DHP) e 2,3-DHP, impedem a peroxidação do iodo na tireóide (iodação), diminuindo a síntese de T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina) (Jones et al 1978, Halliday et al 2013.…”
Section: Introductionunclassified
“…A mimosina e seus principais metabólitos, 3,4-dihidroxipiridona (DHP) e 2,3-DHP, impedem a peroxidação do iodo na tireóide (iodação), diminuindo a síntese de T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina) (Jones et al 1978, Halliday et al 2013. O hipotireoidismo secundário à intoxicação reduz o metabolismo e a função de inúmeros sistemas, sendo a causa das apresentações clínicas (Jones et al 1978).…”
Section: Introductionunclassified
“…Ovinos, bovinos, caprinos são susceptíveis à intoxicação e correspondem pela maioria dos estudos e relatos (Riet--Correa et al 2004, Almeida et al 2006, Peixoto et al 2008, Oliveira Jr. et al 2009, Halliday et al 2013. Em equinos, a intoxicação por L. leucocephala é praticamente desconhecida em todo o mundo, apenas com a descrição clínica de um caso de toxicidade natural pela planta em um animal no Brasil (Mullenax 1957, Oliveira Jr et al 2009).…”
RESUMO.-Este trabalho investigou as principais alterações clínicas e dermatopatológicas de equinos intoxicados natural e experimentalmente por Leucaena leucocephala. Os surtos ocorreram nos estados de São Paulo e Goiás, onde seis cavalos após a ingestão de casca e/ou folhas de L. leucocephala apresentaram alopecia, principalmente na crina e cauda. Nesses animais o diagnóstico foi baseado na observação da ingestão da planta e dos sinais clínicos. Nos animais intoxicados experimentalmente, foi realizado o exame clínico, biópsias da pele das regiões de crina, dorso e cauda e foi feita dosagem sérica de tri-iodotironina (T3) e tiroxina (T4). Alopecia da crina e cauda foi o principal sinal clínico observado, seguido de anorexia, emagrecimento e apatia em todos os equinos. Os níveis de T3 e T4 total apresentaram redução significativa (p≤0,05) na terceira semana de ingestão da leucena quando comparado aos níveis basais. As alterações histológicas observadas nas biópsias de pele demonstram acentuada telogenização dos folículos pilosos ao final dos experimentos. Os achados clí-nico-patológicos em equinos intoxicados são semelhantes aos observados em ruminantes. A intoxicação experimental de equinos por L. leucocephala evidenciou o acentuado declínio dos níveis dos hormônios tireoideanos, sugerindo efeito bociogênico da mimosina e seus compostos derivados, com hipotireoidismo transitório e alopecia devido à acentuada redução da atividade folicular. Goiás States, where six horses after ingestion of bark and/or leaves of the plant showed alopecia mainly in mane and tail. The diagnosis was based on the observation of plant intake and clinical signs. In horses experimentally poisoned, clinical examination was performed and skin biopsies were taken from mane, back and tail regions, and triiodothyronine (T3) and thyroxine (T4) serum levels were assayed. Alopecia in mane and tail was the main clinical sign, accompanied by anorexia, weight loss and lethargy in all horses. T3 and total T4 showed significant decrease in serum levels (p≤0.05) in the third week of leucaena intake compared with baseline levels. Marked telogenization of hair follicles at the end of the experiments were observed in skin biopsies. The clinical and pathological findings in poisoned horses are similar to those observed in ruminants. Experimental poisoning of horses by the plant highlights the marked decline in levels of thyroid hormones, suggesting goitrogenic effect of mimosine and its derived compounds, with transient hypothyroidism and alopecia due to accentuated reduction in follicular activity.
Intoxicação natural e experimental por
“…Essa substância tóxica é um aminoácido não protéico (β-[N-(3-hidroxi-4-oxopiridil)]α-ácido aminopropiônico), com efeito depilatório, não bociogênica e considerada responsável pelos sinas clínicos nos animais intoxicados (Tokarnia et al 2012). A ação antimitótica da mimosina é capaz de inibir a síntese de DNA e de cisteína, afetando os folículos ativos e o crescimento de pelos pré--formados (Malafaia et al 1994, Luo et al 2000, Halliday et al 2013. O efeito depilatório da leguminosa é evidente quando os níveis de mimosina na dieta são maiores que 0,015% do peso do animal (Halliday et al 2013).…”
Section: Discussionunclassified
“…Leucaena leucocephala é uma leguminosa arbórea de ampla distribuição muito utilizada na alimentação de ruminantes nas regiões tropicais e subtropicais (Hammond 1995, Riet-Correa et al 2004, Halliday et al 2013. É uma planta de alto valor nutritivo, com alto índice protéico, de boa digestibilidade, perenidade e palabilidade, porém seu consumo exagerado pode levar a um quadro de intoxicação, acarretanto em prejuízos econômicos pela redução na produtividade ou pela morte dos animais (Jones et al 1978, Almeida et al 2006, Peixoto et al 2008.…”
Section: Introductionunclassified
“…A intoxicação pela L. leucocephala ocorre quando seu consumo ultrapassa 30% da alimentação diária (Holmes 1981, Halliday et al 2013) e tem como princípio ativo o aminoácido não protéico denominado mimosina (Riet--Correa et al 2004). A mimosina e seus principais metabólitos, 3,4-dihidroxipiridona (DHP) e 2,3-DHP, impedem a peroxidação do iodo na tireóide (iodação), diminuindo a síntese de T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina) (Jones et al 1978, Halliday et al 2013.…”
Section: Introductionunclassified
“…A mimosina e seus principais metabólitos, 3,4-dihidroxipiridona (DHP) e 2,3-DHP, impedem a peroxidação do iodo na tireóide (iodação), diminuindo a síntese de T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina) (Jones et al 1978, Halliday et al 2013. O hipotireoidismo secundário à intoxicação reduz o metabolismo e a função de inúmeros sistemas, sendo a causa das apresentações clínicas (Jones et al 1978).…”
Section: Introductionunclassified
“…Ovinos, bovinos, caprinos são susceptíveis à intoxicação e correspondem pela maioria dos estudos e relatos (Riet--Correa et al 2004, Almeida et al 2006, Peixoto et al 2008, Oliveira Jr. et al 2009, Halliday et al 2013. Em equinos, a intoxicação por L. leucocephala é praticamente desconhecida em todo o mundo, apenas com a descrição clínica de um caso de toxicidade natural pela planta em um animal no Brasil (Mullenax 1957, Oliveira Jr et al 2009).…”
RESUMO.-Este trabalho investigou as principais alterações clínicas e dermatopatológicas de equinos intoxicados natural e experimentalmente por Leucaena leucocephala. Os surtos ocorreram nos estados de São Paulo e Goiás, onde seis cavalos após a ingestão de casca e/ou folhas de L. leucocephala apresentaram alopecia, principalmente na crina e cauda. Nesses animais o diagnóstico foi baseado na observação da ingestão da planta e dos sinais clínicos. Nos animais intoxicados experimentalmente, foi realizado o exame clínico, biópsias da pele das regiões de crina, dorso e cauda e foi feita dosagem sérica de tri-iodotironina (T3) e tiroxina (T4). Alopecia da crina e cauda foi o principal sinal clínico observado, seguido de anorexia, emagrecimento e apatia em todos os equinos. Os níveis de T3 e T4 total apresentaram redução significativa (p≤0,05) na terceira semana de ingestão da leucena quando comparado aos níveis basais. As alterações histológicas observadas nas biópsias de pele demonstram acentuada telogenização dos folículos pilosos ao final dos experimentos. Os achados clí-nico-patológicos em equinos intoxicados são semelhantes aos observados em ruminantes. A intoxicação experimental de equinos por L. leucocephala evidenciou o acentuado declínio dos níveis dos hormônios tireoideanos, sugerindo efeito bociogênico da mimosina e seus compostos derivados, com hipotireoidismo transitório e alopecia devido à acentuada redução da atividade folicular. Goiás States, where six horses after ingestion of bark and/or leaves of the plant showed alopecia mainly in mane and tail. The diagnosis was based on the observation of plant intake and clinical signs. In horses experimentally poisoned, clinical examination was performed and skin biopsies were taken from mane, back and tail regions, and triiodothyronine (T3) and thyroxine (T4) serum levels were assayed. Alopecia in mane and tail was the main clinical sign, accompanied by anorexia, weight loss and lethargy in all horses. T3 and total T4 showed significant decrease in serum levels (p≤0.05) in the third week of leucaena intake compared with baseline levels. Marked telogenization of hair follicles at the end of the experiments were observed in skin biopsies. The clinical and pathological findings in poisoned horses are similar to those observed in ruminants. Experimental poisoning of horses by the plant highlights the marked decline in levels of thyroid hormones, suggesting goitrogenic effect of mimosine and its derived compounds, with transient hypothyroidism and alopecia due to accentuated reduction in follicular activity.
Intoxicação natural e experimental por
The presence of the toxic amino acid mimosine in Leucaena leucocephala restricts its use as a protein source for ruminants. Rumen bacteria degrade mimosine to 3,4- and 2,3-dihydroxypyridine (DHP), which remain toxic. Synergistes jonesii is believed to be the main bacterium responsible for degradation of these toxic compounds but other bacteria may also be involved. In this study, a commercial inoculum provided by the Queensland's Department of Agriculture, Fisheries, and Forestry was screened for isolation and characterization of mimosine, 3,4- and 2,3-DHP degrading bacterial strains. A new medium for screening of 2,3-DHP degrading bacteria was developed. Molecular and biochemical approaches used in this study revealed four bacterial isolates - Streptococcus lutetiensis, Clostridium butyricum, Lactobacillus vitulinus, and Butyrivibrio fibrisolvens - to be able to completely degrade mimosine within 7 days of incubation. It was also observed that C. butyricum and L. vitulinus were able to partially degrade 2,3-DHP within 12 days of incubation, while S. lutetiensis, was able to fully degrade both 3,4 and 2,3 DHP. Collectively, we concluded that S. jonesii is not the sole bacterium responsible for detoxification of Leucaena. Comprehensive screening of rumen fluid of cattle grazing on Leucaena pastures is needed to identify additional mimosine-detoxifying bacteria and contribute to development of more effective inoculums to be used by farmers against Leucaena toxicity.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.