As causas externas vêm adquirindo grande magnitude, produzindo inúmeras vítimas, tornando-se um desafio a ser enfrentado pelo setor saúde. Dentre as causas, destacam-se os acidentes de trânsito como principais agravos à saúde da população. Portanto, objetivou-se analisar o perfil epidemiológico e funcional dos acidentados de trânsito atendidos em um serviço de fisioterapia de Fortaleza. Trata-se de um estudo quantitativo e transversal, desenvolvido de maio a novembro de 2009, na ABCR-Centro. Para coleta dos dados, utilizou-se a Medida de Independência Funcional (MIF) e a Escala de Participação Social (EPS). Avaliou-se 53 homens e quatro mulheres, com idade média de 37 ± 14 anos. As fraturas foram predominantes (73,7%) e os membros inferiores, as regiões mais acometidas (60%). A maioria dos pacientes apresentou independência completa para a MIF total (54,4%), motora (42,1%) e cognitiva (86%). A locomoção foi o subdomínio que apresentou os maiores graus de dependência. Quanto à participação social, a maioria (28,1%) apresentou grave restrição. Na análise multivariada da participação social, entraram no modelo explicativo a MIF motora, o tempo de internação e o estado civil. Concluiu-se que predominaram os indivíduos que apresentavam independência funcional, com grave restrição da participação social; e que a MIF motora, o tempo de internação e o estado civil foram explicativos da participação social.Palavras-chave: funcionalidade, causa externa, Fisioterapia.