Le consommateur: Agent économique et acteur politique

“We are all milk farmers.” The media strategies of APLI and union competition

“…non agricole, désignée dans les entretiens par le terme générique de « consommateurs ». Si l'utilisation de pancartes artisanales et l'organisation de dons de lait en prévision d'une grève ne sont pas nouvelles, comme le rappelle le travail historique d'Edouard Lynch [2013], elle revêt en 2009 un sens particulier : plutôt que de rapprocher les paysans et les travailleurs dans une même lutte des classes, comme dans les années 1970, plutôt que de refuser « d'admettre la fin de règne des agriculteurs sur les campagnes françaises » [Purseigle 2010 : 245], comme le faisait la Coordination rurale au début des années 1990, il s'agit de conclure de nouvelles alliances avec le « consommateur », qui s'est progressivement imposé comme un acteur politique incontournable dans l'espace public [Pinto 1990].…”

The Activity of The Consumer: Strengthening, Transforming, or Contesting Capitalism?

“…In response to the 1929 crisis, the New Deal went on to associate consumption with the idea of democracy. Lizabeth Cohen () speaks of a “consumers' republic” as a patriotic ideology, which merged and even gradually managed to blend together the terms “consumer” and “citizen.” With the implementation of the Marshall Plan, this model was exported to Europe, where the “consumer/producer conflict” was gradually constructed as socially “central” (Pinto ). Consumption became firmly fixed in the language and social representations, and also in institutions like the law, organizations, public policy, and the social sciences.…”

O impacto da profissionalização nas associações de consumidores – o caso da DECO

“…Na maioria dos países europeus, este modelo, não só foi induzido (Freire e Silva, 1996), como é caracterizado por um processo de tipo top-down, o que quer dizer que os representantes precederam os representados (Pinto, 1990). Em França e em Portugal, por exemplo, o Estado parece desempenhar um papel importante na estimulação da sociedade civil e neste sentido, de resto, verifica-se que foi a iniciativa de altos funcionários do Estado que contribuiu para a criação das associações de consumidores respectivas.…”

“…Não podemos deixar de ter presente que pressupõe uma economia de mercado e não se opõe a ele. Neste sentido, o consumidor não pode deixar de cair dentro de uma área de produção ideológica, como também é possível a partir dele fazer distinções e exclusões (Pinto, 1990;1992).…”