LateQuaternary colluvial deposits in theBocainaPlateau, southeasternBrazil highlands: age and palaeoenvironmental consequences

Abstract

Despite the generalized occurrence of colluvial deposits in the humid tropical areas of southeastern Brazil, regional correlation is difficult because the deposits are discontinuous, and chronological data are very scarce and scattered. For the first time, colluvial deposits in the Bocaina Plateau are described, including 18 radiocarbon ages from 12 profiles. The plateau is located on the eastern flank of the Continental Rift of Southeastern Brazil and is the highest part of the Serra do Mar, with elevations up to 2000 m above sea level. Because the Bocaina Plateau is part of the summit surfaces of southeastern Brazil, it was subjected to specific climatic conditions during the Quaternary. Colluvial deposits on the lower hillslopes and edges of amphitheatres can show complex sequences with up to three intercalated dark humic horizons, corresponding to Late Pleistocene and Holocene phases of morphodynamic activity and pedogenesis. Ages of palaeosols vary from 650±50 a BP to 36 880±980 a BP. Landforms and colluvia on the Bocaina Plateau are very similar to those found on the opposite flank of the continental rift, on the Campos do Jordão Plateau. Ages of buried soils point to similar soil formation and colluviation episodes in the two plateaus. As in Campos do Jordão, the succession of erosive, depositional and pedogenetic processes on the altos campos hillslopes is probably related to late Quaternary climate changes.

What do yellowish-brown soils and stone layers tell us about Late Quaternary landscape evolution and soil development in the humid tropics? A field study in the Serra dos Órgãos, Southeast Brazil

“…Most probably, the deposition of pre-colonial colluvial deposits predominately took place in periods of geomorphic activity triggered by dryer climatic conditions and opening of the vegetation cover, as suggested by Bigarella et al (1965); Bork and Rohdenburg (1983); Behling and Lichte (1997), and more recently by Hiruma et al (2013). However, due to the steep relief and tropical rainfall, colluviation has probably also taken place in periods of relative morphodynamic stability under undisturbed tropical rainforest, as suggested by Dykes (2002) or Kirchner et al (2015).…”

O Papel Das Mudanças Climáticas Do Quaternário Superior Na Dinâmica Evolutiva De Paleovale De Segunda Ordem (Sul Do Brasil)

“…Esse fenômeno temporal também foi responsável por sequencias coluviais no Holoceno, embora diacrônicas, em planaltos do sul (Melo et al, 2003;Oliveira et al, 2006; e sudeste brasileiro (Moura e Meis, 1980;Moura e Mello, 1991;Modenesi-Gauttieri e Toledo, 1996;Melo e Cuchierato, 2004;Hiruma et al, 2012). Essa coincidência entre troca de vegetação e morfogênese é sugestiva para interpretar como uma mudança no regime hídri-co da área decorrente de oscilação climática, onde vegetação aberta e chuvas mais concentradas seriam responsáveis pelo hiato erosivo (Melo et al, 2003;Oliveira et al, 2008).…”

“…Enfi m, a resposta a morfogêse e pedogênese do sistema geomorfológico (da bacia de 2ª ordem) não está em fase com as mudanças cíclicas glacial/interglacial aventadas na literatura geomorfológica clássica brasileira (Oliveira et al, 2006;Thomas, 2004;Hiruma et al, 2012). Igualmente, percebe-se que as mudanças climáticas não foram as únicas responsáveis pela reorganização das morfologias da área, mas que pulsos de atividade neotectônica também se fi zeram presentes ao longo do Quaternário Tardio e foram responsá-veis por inversão de relevo fossilizando paleovales de baixa ordem hierárquica em interfl úvios locais e regionais, como apontado por Paisani et al (2012).…”

Rearranjos de drenagem na bacia do Rio Capivari e morfogênese da Serra do Mar em São Paulo (SP): uma contribuição ao estudo de capturas fluviais em meio tropical úmido

“…Sudeste brasileiro no Pleistoceno e no Holoceno e suas consequências à evolução da paisagem (COELHO-NETTO, 1999;RÖMER et al, 2002;HIRUMA et al, 2013;KIRCHNER et al, 2015). Documenta-se no registro estratigráfico da região um ciclo erosivo-deposicional de 10.000 -8.000 anos, provavelmente resultante da resposta dos processos geomorfológicos à transição climática do limite Pleistoceno-Holoceno, quando os solos formados sob condições climáticas prévias mais secas e frias foram submetidas a chuvas intensas mais frequentes sob aquecimento atmosférico (COELHO-NETTO, 1999 A atividade fluvial na região teria sido, nas fases mais áridas, caracterizada por um aumento na erosão lateral e por maior participação do transporte de carga do leito (RÖMER et al, 2002).…”

“…Ao se considerar o forte gradiente hipsométrico propiciado pela Serra do Mar, o condicionamento litoestrutural ao desenvolvimento da drenagem, os movimentos tectônicos recentes e as mudanças climáticas pleistocênicas e holocênicas que vem sendo documentadas na área (COELHO-NETTO, 1999;RÖMER et al, 2002;LEDRU et al, 2005;HIRUMA et al, 2013;KIRCHNER et al, 2015, supõe-se que a mesma seja notadamente propícia à ocorrência de processos de rearranjos de drenagem. Escarpas como a Serra do Mar oferecem condições favoráveis para a ocorrência de rearranjos de drenagem; por outro lado, os rearranjos de drenagem contribuem significativamente para a evolução dessas feições por recuo erosivo (PRINCE et al, 2010(PRINCE et al, , 2011.…”