O magistério do Papa Francisco revigora o processo de recepção do Vaticano II por iniciativas de reformas na Igreja, o redimensionamento da mentalidade teológica, a afirmação da sinodalidade, um novo modo de exercer o ministério petrino, entre outros. Isso acontece no esforço de uma Igreja «em saída» numa perspectiva missionária e no diálogo com as culturas, Igrejas e religiões. O objetivo deste artigo é verificar as implicações ecumênicas dessas propostas. O método é a análise qualitativa de documentos e pronunciamentos nos quais o papa expressa, explícita ou implicitamente, a convicção ecumênica conciliar. A conclusão é que o ecumenismo é uma clara opção no magistério de Francisco e em suas iniciativas de reformas na Igreja. Embora ele não tenha, por ora, trabalhado questões doutrinais em perspectiva ecumênica, cria uma nova situação eclesial que favorece para o diálogo doutrinal entre as diferentes Igrejas.