“…Por fim, no nível macro, possíveis barreiras à colaboração internacional incluem dissonâncias em relação a questões linguísticas, econômicas, geopolíticas, de distância geográfica e de tradições históricas e culturais (VANZ;STUMPF, 2010;KWIEK, 2019).Entre motivações, barreiras e custos, os pesquisadores buscam colaborar com outros pares a fim de aumentar sua produtividade e visibilidade científica; obter ou ampliar seu acesso a financiamentos, equipamentos, instalações e materiais únicos; se aproximar da ciência e das tecnologias que estão sendo desenvolvidas na fronteira do conhecimento, bem como da possibilidade de acessar conhecimentos tradicionais disponíveis em grupos populacionais sui generis; utilizar de maneira mais eficiente os recursos que estão disponíveis; melhorar suas próprias habilidades, experiências e conhecimentos; treinar novos pesquisadores e orientandos; ampliar sua rede de contatos para projetos futuros; entre outros (LEE;BOZEMAN, 2005;LIMA;FARIA, 2007;VANZ; STUMPF, 2010;GAZNI;DIDEGAH, 2012;BORDONS et al, 2015;GONZÁLEZ;CHINCHILLA-RODRÍGUEZ, 2020). Ainda que existam incentivos governamentais e institucionais à colaboração, o fazer científico permanece vinculado às escolhas e práticas dos próprios cientistas, que, por sua vez, são influenciadas pelos contextos sociológico, cultural e político em que estão inseridos(SCHWARTZMAN, 2001;LEYDESDORFF, 2005;ABRAMO;D'ANGELO;SOLAZZI, 2011;KWIEK, 2019).…”