“…De qualquer modo, mesmo que estejamos forçando a barra no cotejo do Poema de Parmênides com o texto platônico, Néstor-Luis Cordero identifica que tal leitura platonizante da δόξα de Parmênides já estaria consolidada nos escritos neoplatônicos de Simplício. Segundo o pesquisador franco-portenho, Simplício anacronicamente enxergava o Poema de Parmênides através de uma série de dicotomias platônicas, pois, somente após a sofística, a palavra δόξα deixou de ser entendida apenas como "opinião" ou "ponto de vista" e passou a ser compreendida também como "aparência" (CORDERO, 2013a;CORDERO, 2015). 18 "For Plato, doxa can be true, while for Parmenides the fundamental disjunction had been either doxa and thuth" (CORDERO, 2013b, p. 191) por Gilbert Ryle, parece ser a via de acesso privilegiada não só para compreender o que é um sofista, mas também para entender o funcionamento e o lugar ocupado pelos gêneros supremos na ontologia platônica do Sofista, bem como para elucidar o processo por detrás da forma proposicional de um discurso que se pretenda verdadeiro ou falso.…”