KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

Abstract

Ailton Krenak nasceu no Vale do Rio Doce, Minas Gerais, em 1954. Com 17 anos, migrou com seus parentes para o estado do Paraná. Alfabetizou-se aos 18 anos, tornando-se, a seguir, produtor gráfico e jornalista. Na década de 1980 passou a se dedicar exclusivamente à articulação do movimento indígena.

Reflexos da saúde planetária no processo transdisciplinar entre profissionais de saúde

“…Da mesma forma, a política neoliberal perpetua uma colonização do imaginário popular e das subjetividades individuais, resultando em mentes colonizadas que reproduzem um estilo de vida que adoece e degrada. Diante desses desafios, é crucial que as políticas de saúde abordem essas questões complexas e multidimensionais, buscando promover a saúde e o bem-estar das populações de forma integrada e sustentável (Gayoso, 2020;Prescott;Logan, 2016).…”

“…A noção de seres vivos como interdependentes na teia da vida se manteve no sentipensar de diversos povos originários. Se considerarmos a história biológica de 300 mil anos da nossa espécie, uma parcela de humanos assumiu a pretensa posição de superioridade e domínio sobre a natureza recentemente, acentuada após a Revolução Industrial e a aceleração do capitalismo, fundamentada no paradigma mecanicista-cartesiano (Capra;Luisi, 2020;Gayoso, 2020). O modo antropocêntrico (ou como sugere Eliane Brum, "brancocêntrico") (Brum, 2021) e utilitarista de se relacionar com os "recursos" naturais vem determinando alterações ambientais extremas, a ponto de se configurar a nova era geológica do antropoceno (Gakidou et al, 2017).…”

Reflexes of planetary health in the transdisciplinary process among health professionals

“…The notion of living beings as interdependent in the web of life remained in the feeling-thinking of several indigenous peoples. If we consider the 300,000-year biological history of our species, only recently did a portion of humans have assumed the alleged position of superiority and dominance over nature, accentuated after the Industrial Revolution and the acceleration of capitalism, based on the mechanistic-Cartesian paradigm (Capra;Luisi, 2020;Gayoso, 2020). The anthropocentric (or as Eliane Brum suggests, "white-centric") (Brum, 2021) and utilitarian way of relating to natural "resources" has been determining extreme environmental changes, to the point of configuring the new geological era of the anthropocene (Gakidou et al, 2017).…”

“…Similarly, neoliberal politics perpetuates a colonization of the popular imagination and individual subjectivities, resulting in colonized minds that reproduce a lifestyle that sickens and degrades. In the face of these challenges, it is crucial that health policies address these complex and multidimensional issues, seeking to promote the health and well-being of populations in an integrated and sustainable way (Gayoso, 2020;Prescott;Logan, 2016).…”