Juventudes, Estado e Povos Indígenas no Brasil do Século XXI

Abstract

O presente artigo objetiva analisar o processo de construção da juventude como uma causa de interesse público-estatal no Brasil, com emergência histórico-temporal nas duas décadas iniciais do Século XXI. Ao mesmo tempo, busca-se compreender como as juventudes indígenas desenvolveram suas mobilizações político-organizacionais para galgar reconhecimento identitário, lutas sociais e direitos específicos. Com base em pesquisa bibliográfica, entrevistas e observação participante, procura-se analisar as oportunidades políticas surgidas no governo federal para inclusão da juventude, além de problematizar o modo como as juventudes indígenas constroem cenários mobilizatórios de interpelação do juvenil e do étnico, constituindo um novíssimo movimento social que instrumentaliza os espaços físicos e virtuais, o corpo e o capital militante para incidência política de suas demandas por direitos.

Entre a Ancestralidade E a Cibercultura: Um Estudo De Revisão Sobre Tecnologias Digitais E Povos Indígenas

“…Em outro viés, as funções assumidas pelas tecnologias digitais nos povos da floresta também são afetadas por dimensões etárias e geracionais. Assim sugere Oliveira (2019), em seu estudo sobre a juventude indígena do século XXI e suas mobilizações políticas e estéticas, particularmente aquelas que ocorrem no âmbito da internet e das redes sociais. O autor inscreve seu trabalho no horizonte das lutas sociais travadas pelas populações tradicionais e seu recente acirramento ao longo das últimas décadas.…”

Acción colectiva juvenil rural: resistencia y re-existencia en tiempos de posacuerdo (Riosucio, Colombia)

“…Este es un trabajo estético que es evocación ancestral y recuperación de las memorias; un acto por decolonizar el ser, lo que despliega la potencia de lo propio de las comunidades embera y plantea otro modo de hacer vida. Práctica dada desde un colectivo principalmente embera Chamí, que permite identi#car también la construcción de signi#cados especí#cos del ser joven indígena, presentando modos de acción colectiva que tienen como recurso la comunicación intergeneracional, atendiendo a sus tradiciones políticas y culturales (Oliveira, 2020).…”