Abstract:As relações entre juventudes contemporâneas e educação vão muito além do que sua simples presença nos espaços escolares. O principal objetivo do texto foi construir o estado da arte das publicações sobre o tema, em revistas de Universidades Federais brasileiras, de classificação A1. Para tanto, realizou-se investigação bibliográfica que selecionou as revistas dispostas nos critérios estabelecidos e os textos para análise, a partir dos descritores “juventudes” e “jovens” e do recorte temporal de 2010 até 2019. … Show more
“…(Abramo, 2005, p.42), começamos a entender que são muitas as diferenças (e as desigualdades) que acabam atravessando as trajetórias juvenis. Buscando, desta forma, definir o que é ser jovem, encontramos apoio em Oliveira (2021), ao explicar que assim, há o entendimento de que não existe uma única maneira de ser e/ ou de estar jovem no contemporâneo, mas múltiplas. É desse entendimento de decorre o mais frequente uso das expressões 'juventudes' e 'jovens' , no plural, em detrimento do uso das mesmas expressões no singular, justamente para expressar essa dimensão do coletivo, da diversidade e das múltiplas possibilidades analíticas (p.364).…”
Contexto: O presente estudo surge de um trabalho de conclusão de curso, da Licenciatura em Geografia (UFRGS), onde objetivou-se analisar a “Reforma” do Ensino Médio (Lei 13.415/2017) pela perspectiva de jovens estudantes. A “Reforma” trata-se de uma política educacional de nível federal aprovada de forma autoritária em 2017 e que possui forte alinhamento com o modelo neoliberal – característica que passa a marcar políticas públicas em diversos campos sociais desde o Golpe de 2016. Mais recentemente, a partir do início de 2023, as discussões acerca da Lei vêm ganhando novos rumos e desdobramentos. Metodologia: Desse modo, em relação aos aspectos metodológicos, buscou-se realizar uma revisão bibliográfica referente às discussões que envolvem “A ‘Reforma’ do Ensino Médio”, “Os jovens estudantes” (pela perspectiva do campo das juventudes) e “A Geografia Escolar”, destacando pontos relevantes sobre essas esferas e as relações surgidas entre ambas a partir de pesquisas realizadas por autores/as de cada área. Considerações: Conclui-se que o “Novo” Ensino Médio se constitui como uma forma de precarização e de violência à educação pública e à sociedade brasileira, sendo os jovens, sobretudo, os jovens estudantes das redes públicas de ensino, um dos sujeitos mais impactados pela política. Entende-se, portanto, que as juventudes possuem o direito de fazer parte de tais discussões. Nesse cenário, escola e Geografia Escolar, por uma perspectiva educacional emancipatória, crítica e cidadã, adquirem papeis fundamentais no que tange em intermediar a participação dos jovens estudantes nesse debate, incentivando ainda o protagonismo juvenil.
“…(Abramo, 2005, p.42), começamos a entender que são muitas as diferenças (e as desigualdades) que acabam atravessando as trajetórias juvenis. Buscando, desta forma, definir o que é ser jovem, encontramos apoio em Oliveira (2021), ao explicar que assim, há o entendimento de que não existe uma única maneira de ser e/ ou de estar jovem no contemporâneo, mas múltiplas. É desse entendimento de decorre o mais frequente uso das expressões 'juventudes' e 'jovens' , no plural, em detrimento do uso das mesmas expressões no singular, justamente para expressar essa dimensão do coletivo, da diversidade e das múltiplas possibilidades analíticas (p.364).…”
Contexto: O presente estudo surge de um trabalho de conclusão de curso, da Licenciatura em Geografia (UFRGS), onde objetivou-se analisar a “Reforma” do Ensino Médio (Lei 13.415/2017) pela perspectiva de jovens estudantes. A “Reforma” trata-se de uma política educacional de nível federal aprovada de forma autoritária em 2017 e que possui forte alinhamento com o modelo neoliberal – característica que passa a marcar políticas públicas em diversos campos sociais desde o Golpe de 2016. Mais recentemente, a partir do início de 2023, as discussões acerca da Lei vêm ganhando novos rumos e desdobramentos. Metodologia: Desse modo, em relação aos aspectos metodológicos, buscou-se realizar uma revisão bibliográfica referente às discussões que envolvem “A ‘Reforma’ do Ensino Médio”, “Os jovens estudantes” (pela perspectiva do campo das juventudes) e “A Geografia Escolar”, destacando pontos relevantes sobre essas esferas e as relações surgidas entre ambas a partir de pesquisas realizadas por autores/as de cada área. Considerações: Conclui-se que o “Novo” Ensino Médio se constitui como uma forma de precarização e de violência à educação pública e à sociedade brasileira, sendo os jovens, sobretudo, os jovens estudantes das redes públicas de ensino, um dos sujeitos mais impactados pela política. Entende-se, portanto, que as juventudes possuem o direito de fazer parte de tais discussões. Nesse cenário, escola e Geografia Escolar, por uma perspectiva educacional emancipatória, crítica e cidadã, adquirem papeis fundamentais no que tange em intermediar a participação dos jovens estudantes nesse debate, incentivando ainda o protagonismo juvenil.
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