James Voorhies, Beyond Objecthood. The Exhibition as a Critical Form since 1968

As Exposições Experimentais E Processuais Como Ferramentas De Ruptura De Paradigmas Expositivos E Seu Papel Na Estruturação De Modelos Institucionais Críticos

“…Na contramão desse modelo, podemos destacar a atuação do Group Material, coletivo independente que se instalou em um espaço no Lower East Side, na cidade de Nova Iorque, em 1980. Formado por jovens artistas e escritores, o grupo buscava trabalhar e existir colaborativamente, de modo a evitar a cooptação, pelo mercado da arte, do trabalho e identidades individuais de seus membros (VOORHIES, 2017). O grupo também visava transpor a distância entre artistas e não-artistas, de modo que a maior parte de seus quarenta e cinco projetos, realizados entre 1979 e 1996, materializou-se sob a forma de exposições que, de maneira colaborativa, apresentavam trabalhos dos membros junto a objetos comprados, artefatos, materiais documentais, arte feita por não-artistas e por artistas, sendo que, como um todo, os projetos concentravam-se sobre tópicos sociais e políticos do momento (VOORHIES, 2017).…”

“…De acordo com Voorhies (2017), o Group Material eventualmente passou a focarse mais sobre a forma da exposição como um meio de desafiar e repensar seu papel na arte contemporânea, utilizando-se dela para a distribuição de ideias e engajamento imediato com o público. Ainda, em sua discussão sobre o papel das exposições, Ashford (1998) considerou que as experimentações do grupo, ao representar as comunidades politicamente desfavorecidas e historicamente isoladas, criaram novos modelos para a função potencial do museu.…”

Diálogos Entre Práticas Artísticas Coletivas Extra-Institucionais E as Instituições De Crítica

“…Nesse contexto, de acordo com Smith (2013), as percepções globalizadas da arte contemporânea passaram a ser promovidas pelos principais museus em busca de uma vantagem competitiva como centros de atração em meio à cultura do espetáculo (SMITH, 2013). Tal configuração ainda é verificada atualmente, de acordo com Voorhies (2017), à medida que as principais instituições de arte são, cada vez mais, consideradas motores econômicos, de modo que são incumbidas de oferecer experiências para os visitantes, que são consumidores no que emergiu como uma indústria cultural globalizada (VOORHIES, 2017).…”