Isolamento e caracterização bioquímica e funcional de L-aminoácido oxidase do veneno de 'Bothrops atrox'

Estudo comparativo das características bioquímicas e biológicas do veneno da serpente <i>Bothrops atrox </i>(Linnaeus, 1758) (Serpente: Viperidae, Crotalinae) em indivíduos machos e fêmeas irmãos.

“…A alta riqueza de fauna de serpentes no Brasil contribui com cerca do 10% do total de espécies, representados em 9 famílias e 75 gêneros (FRANÇA;MALAQUE, 2009 (ALVES, 2007). Além desses, existem também os gêneros Bothriopsis e Bothrocophias, restritas à Amazônia e à Mata Atlântica Brasileira.…”

“…Por exemplo, muitas SVMPs dos venenos de serpentes são responsáveis pelos efeitos locais e sistêmicos observados durante o envenenamento, originando a hemorragia, consequência da degradação do colágeno e outros componentes da lâmina basal dos vasos capilares, promovendo a ruptura dos capilares, equimoses e sangramentos (ALVES, 2007). Além disso, possuem ação sobre os fatores de coagulação sanguínea, alterando os tempos de coagulação, por atuarem sobre o fibrinogênio, o Fator II, o Fator X (NAHAS et al, 1979) o Fator VIII (NISHIDA et al, 1994, além de inibirem a agregação plaquetária, conduzindo aos sintomas sistêmicos característicos.…”

“…Esta manifestação clínica acontece por uma série provável de elementos, tais como a ação direta do veneno sobre a microvasculatura, junto com a liberação de histamina, prostaglandinas, cianinas, C3a e C5a que são mediadores endógenos (TAMBOURGI et al, 1992). Eventualmente, o edema pode estar acompanhado de elevação da pressão hidrostática nos compartimentos musculares, favorecendo o dano em artérias, causando por sua vez, trombose, isquemia e necrose futura (ALVES, 2007).…”