Investigating the political economy of the territory: The contradictory responses of organisations to spatial inequality

Abstract

The spatial imaginations of organisations can be particularly insightful for examining power relations. However, only recently they have gone beyond the limits of the workplace, demonstrating the role of the territory for organised action, particularly in mobilising solidarity for resistance. In this article, I investigate power relations revealed by the political economy of the territory to explain contradictory actions undertaken by organisations. Specifically, I adopt the theoretical framework of the noted Brazilian geographer Milton Santos, who recognises spatial multiplicity and fragmentation while maintaining an appreciation of the structural conditions of the political economy. This perspective is particularly useful for the analysis of civil society organisations (CSOs) in a Brazilian favela (slum), given the context of high inequality perpetuated by the selective flows of urban development. First, I show that the history of favelas and their role in the territorial division of labour explain the profiles of existing organisations. Then, I examine how the political engagement of CSOs with distinct solidarities results in a dialectical tension that leads to both resistance based on local shared interests and the active reproduction of central spaces even if the ends are not shared. The article contributes to the literature of space and organisations by explaining how territorial dynamics mediate power relations within and across organisations, not only as resistance but also as the active reproduction of economic and political regimes.

Por uma Outra Relação Entre Administração Pública e Desenvolvimento: Retomando Espaço e Território Contra as Mazelas da Globalização

“…Os discursos de desenvolvimento produzidos dentro desse contexto por um lado servem de alimento à máquina ideológica da globalização -ou são por ela alimentados -e, por outro, reforçam sua face perversa que leva à fragmentação. Com as crises que colocam em xeque a economia global, a importância das questões territoriais é reforçada (Lacerda, 2021).…”

“…Como explicam Goulart et al (2010, p. 397), horizontalidades e verticalidades são dois cortes simultâneos e complementares do espaço geográfico, "são as fragmentações do espaço, suas funcionalidades e reordenações dos lugares em continuidades geográficas ou não". Milton Santos apresenta os conceitos como processos que coexistem, de forma a expor a relação dialética entre as ordens que estão em disputa (Lacerda, 2021). A respeito dos conceitos, Santos (2008b, p. 139) explica que "as horizontalidades serão os domínios da contiguidade, daqueles lugares vizinhos reunidos por uma continuidade territorial, enquanto as verticalidades seriam formadas por pontos distantes uns dos outros", assegurando o funcionamento global da sociedade e da economia (Santos, 2009a).…”

“…Já as verticalidades geram descontinuidades devido à adaptação dos comportamentos locais aos interesses globais, com a prevalência dos interesses corporativos em detrimento dos interesses públicos (Santos, 2008a). Enquanto as verticalidades fragmentam os vínculos locais, as horizontalidades geram conexões (Lacerda, 2021).…”

“…Nesse sentido, o ensaio teórico aqui empreendido contribui para o debate sobre a relação entre administração pública e desenvolvimento, trazendo luz para a importância das dimensões espacial e territorial nesse processo. Dá-se destaque, em especial, ao pensamento de Milton Santos, importante geógrafo brasileiro, que em tempos recentes vem sendo retomado e relembrado por suas importantes contribuições para se pensar temas como globalização (Melgaço, 2013), relações de poder (Lacerda, 2021), desenvolvimento (Ferretti e Pedrosa, 2018).…”

Green colonialism and decolonial feminism: A study of Wayúu women’s resistance in La Guajira

“…Future studies on the transformation of Indigenous territories should consider the political economy of territory (e.g. Lacerda, 2021) as a useful lens to analyse the material transformation of space through green energy investments.…”