Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é uma das doenças vasculares encefálicas mais frequentes e constitui a segunda principal causa de morte no Brasil e no mundo. É importante destacar que o AVE constitui uma emergência médica. Assim sendo, o suporte clínico e o tratamento específico são indispensáveis para um melhor prognóstico. De acordo com a causa, pode ser dividido em isquêmico e hemorrágico. Dentro do tratamento específico dispomos da recanalização do vaso ocluído por meio do uso de trombolíticos intravenosos e a trombectomia mecânica (TM). O papel da alteplase intra-arterial (tPA IA) concomitante não foi claramente definido na literatura. O número de avanços médicos nos últimos vinte anos impactou positivamente o prognóstico dos pacientes com AVE isquêmico agudo. Com base em estudos recentes, os pontos positivos e negativos da trombólise intra-arterial serão abordados nesta revisão. Objetivo: Apresentar uma revisão da literatura sobre o uso da trombólise intra-arterial no tratamento do acidente vascular encefálico isquêmico, apontando seus benefícios e limitações. Métodos: Através da busca nas seguintes bases de dados: PubMed, BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e Scielo foram selecionados 16 artigos e consultados 3 livros-texto para a confecção desta pesquisa. Resultados: O tratamento intra-arterial em pacientes com AVE isquêmico agudo por oclusão intracraniana da circulação proximal mostrou-se eficaz e seguro se feito dentro de 6 horas após o início do AVE. Na maioria dos estudos que compararam trombólise intravenosa (IV) com trombólise intra-arterial (IA) não foi evidenciada diferença significativa na taxa de hemorragia sintomática. No entanto, são necessárias investigações mais aprofundadas sobre o uso ideal desse método. Estudos mostraram que em pacientes com AVE causado por grandes oclusões arteriais, a trombólise IA deve ser considerada como a primeira modalidade de tratamento, em vez da administração de alteplase intravenosa (tPA IV).