RESUMO: Introdução: As hemorróidas são muito freqüentes e após o seu tratamento cirúrgico tem se observado que a dor causa muito sofrimento. Várias alternativas tem sido estudadas para melhorar a dor pós-operatória dentre elas a esfincterotomia cirúrgica que pode em alguns casos causar algum grau de incontinência fecal. Por esse motivo vários estudos tem utilizado a esfincterotomia química com nifedipina, diltiazen, trinitrato de glicerina e toxina botulínica. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar o efeito da nifedipina tópica nas diminuições das pressões do canal anal e consequente influência na melhora da dor pós-operatória. Material e Método: Utilização da nifedipina tópica gel 0,2% (Grupo 1) e lidocaina 2% (Grupo 2) no pós operatório de hemorroidectomia aferindo as pressões no pré, primeiro, quarto e sétimo dias de pós operatório, associado de medida de dor todos os dias do pós-operatório através de tabela analógica. Resultados: Os autores não encontraram diferenças em relação às pressões de canal anal mas em relação à dor referida estas foram em menor intensidade no grupo que recebeu a nifedipina. Conclusões -a nifedipina gel foi eficiente na analgesia pós-operatória, no entanto não alterou as pressões do canal anal.Descritores: Nifedipino, Manometria, Canal anal, Hemorróidas/cirurgia, Dor pós-operatória, procedimentos cirúrgicos operatórios.
Trabalho realizado no Hospital Universitário de Taubaté -Universidade da Taubaté e Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Recebido em 21/08/2007Aceito para publicação em 23/10/2007
INTRODUÇÃOA dor representa o maior inconveniente no pós-operatório das hemorroidectomias, sendo proporcional aos cuidados técnicos e ao preparo psicológico pré-operatório do paciente (1,2,3). Na gênese da dor após hemorroidectomia a causa não é bem definida, podendo ser relacionada ao espasmo do esfincter interno do ânus e talvez também do esfincter externo , sendo que a dor intensa no momento da evacuação poderia manter o espasmo (2,3,4