A integração de tecnologias digitais na educação tem sido, cada vez mais, requerida e, atualmente, as Inteligências Artificiais (IA) destacam-se como ferramentas de apoio ao processo de ensino e aprendizagem. Objetivou-se caracterizar o uso da IA no processo formativo dos acadêmicos de Enfermagem. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado com 100 alunos de Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e particulares, entre os meses de março e abril de 2024. A coleta deu-se por meio do compartilhamento de um formulário online, e os dados foram analisados pelo software Statistical Package for the Social Sciences. Não foram encontradas associações estatisticamente significativas quanto ao tipo de instituição, ao período de estudo ou à idade dos participantes, mas foram encontradas associações relacionadas ao gênero e ao uso de mecanismos de IA. Observou-se que a maioria dos acadêmicos de Enfermagem (58%) identificou o prejuízo potencial do uso da IA ao pensamento crítico enquanto boa parte (59%) não considerou prejudicial ao desenvolvimento das habilidades práticas. Além disso, a presença do professor continua sendo indispensável em sala de aula como mediador do conhecimento. Conclui-se que o uso das IAs é uma realidade inegável no meio acadêmico a qual apresenta potencialidades de contribuição para o processo de formação acadêmica, mas também pode trazer prejuízos, dependendo de como é utilizada, sendo necessário estabelecer estratégias que favoreçam a educação em Enfermagem sem prejudicar a qualificação acadêmica e profissional.