Instrumentos preditores de risco para lesão por pressão em pacientes críticos

Abstract

Conflitos de interesse: nada a declarar.Resumo Objetivo: Identificar, entre os instrumentos de predição de risco para lesão por pressão (LP) Waterlow, Cubbin & Jackson e EVARUCI, o mais específico e sensível para pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Métodos: Estudo observacional, analítico e prospectivo, realizado em duas UTIs de São Paulo, Brasil, de agosto a novembro de 2019. Participaram 91 pacientes adultos que não apresentavam LP no momento da admissão na UTI e internados na UTI por mais de 24 horas. Os dados foram coletados de prontuários e por meio de avaliação clínica. A associação entre as variáveis clínicas, pessoais e a ocorrência de LP foi feita pelo Teste T-Student e Qui-quadrado e a sensibilidade e a especificidade dos instrumentos foram valiadas por meio da curva ROC.Resultados: Houve predominância do sexo masculino (54,9%), média de idade de 66,2 ± 20,8 anos e de internação por razões clínicas (64,9%). O uso de drogas vasoativas, ventilação mecânica, contenção mecânica, sedação, dispositivos, a gravidade e procedência foram associados ao desenvolvimento de LP. A área sob a curva da Cubbin & Jackson, EVARUCI e Waterlow foram respectivamente 0,91, 0,96 e 0,76; e a EVARUCI demonstrou a maior acurácia (90,1%).Conclusão: Os instrumentos Cubbin & Jackson e EVARUCI apresentaram alta sensibilidade e especificidade para avaliação de risco para LP em pacientes internados em UTIs, sendo que a EVARUCI mostrou melhor acurácia.

Estratégias de prevenção das lesões por pressão em pacientes críticos: uma revisão integrativa

“…Estudos revelam que a maioria dos pacientes com LP são homens, de cor branca, e com prolongada internação hospitalar (Ferreira et al, 2018;Otto et al, 2019;Galetto et al, 2021;Soares et al, 2023). Em relação aos fatores de risco para pacientes críticos, destaca-se a mobilidade prejudicada devido a doenças traumáticas (Otto et al, 2019), e o tempo prolongado de internação devido a doenças circulatórias, respiratórias e gastrointestinais (Teixeira et al, 2022).…”