“…A partir da década de 1960, no entanto, emergem uma série de críticas a noção de linearidade do desenvolvimento, pautadas na ideia de que a evolução da sociedade é complexa, não-linear e de difícil mensuração (FRANK, 2008;SEERS, 1971;SOARES JÚNIOR;QUINTELLA, 2008). As objeções recaiam principalmente ao uso do crescimento do PIB como sinônimo de desenvolvimento, alegando que esse indicador negligenciava fatores relevantes para o bem-estar social, tais como: a qualidade e o valor simbólico dos produtos, a produção voltada para o autoconsumo, a distribuição equitativa da riqueza produzida, o uso racional dos recursos naturais, os impactos ecológicos das atividades produtivas, a existência de limites socioambientais, a equidade de gênero, e o respeito à liberdade e aos direitos humanos (CAVALCANTI, 2010;GEORGESCU-ROEGEN, 1979;SATRUSTEGUI, 2013;SEN, 2000;SHIVA, 1988).…”