Objetivo: analisar o tempo de espera ao acesso ambulatorial especializado no pré-natal de alto risco. Metodologia: estudo de método misto com desenho explanatório sequencial. Na etapa quantitativa realizou-se um estudo transversal analítico com 319 puérperas durante sua internação hospitalar, utilizando instrumento semiestruturado e entrevista, seguido de análise descritiva e analítica por meio do Teste Qui-quadrado (p≤0,05). Na fase qualitativa o estudo direcionou-se pela Fenomenologia Social com 13 gestores da assistência indireta no pré-natal de alto risco, por meio de entrevista audiogravada face a face e analisados à luz da Fenomenologia Social. Resultados: o período aguardado para acesso ao serviço especializado foi de 15 dias (32,3%), 16 a 30 dias (27,9%), acima de 90 dias (9,4%) e (19,1%) não tiveram acesso ao serviço ambulatorial. Os resultados demonstraram como fatores que influenciam no tempo de espera: insuficiência de vagas, incompletude ou não monitoramento das informações e não atendimento aos critérios de encaminhamento. Os gestores apontaram que a equipe de saúde precisa ter bagagem de conhecimento suficiente para desenvolver suas ações com reciprocidade de intenções no processo cuidar e do cuidado. Conclusão: a primeira consulta em serviço especializado ocorre em tempo prolongado e algumas mulheres não conseguem nem mesmo o acesso ao serviço, resultando no cuidado exclusivo da atenção primária, a qual não está organizada para assumir o cuidado exclusivo à gestante de alto risco.