O objetivo dessa revisão narrativa é mostrar a importância do manejo pré-abate sobre as alterações post-mortem e a qualidade da carne de peixes. Na criação de peixes, podem-se verificar diversas condições estressantes, da produção até o momento do abate. O estresse durante o manejo pré-abate interfere de maneira significativa na qualidade final dos filés para o consumo. Durante o estresse, o peixe passa por diversas adaptações fisiológicas e respostas bioquímicas, desencadeando alterações no desenvolvimento do rigor mortis e na qualidade instrumental da carne, como aumento da luminosidade, maciez excessiva e diminuição da capacidade de retenção de água. A diminuição do estresse pré-abate pode promover o retardo dos processos post-mortem, sendo benéfica para manutenção do frescor do pescado, e também têm grande importância no processamento do produto.