2022
DOI: 10.1590/0102-311x00101721
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Iniquidades étnico-raciais na mortalidade infantil: implicações de mudanças do registro de cor/raça nos sistemas nacionais de informação em saúde no Brasil

Abstract: Trata-se de estudo descritivo que teve como objetivo discutir as repercussões da mudança na metodologia de coleta da variável cor/raça no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) sobre as taxas de mortalidade infantil (TMI) segundo cor/raça no Brasil. Foram analisadas as variações anuais nas frequências de nascidos vivos e óbitos infantis por cor/raça entre 2009 e 2017. As TMI por cor/raça foram estimadas segundo três estratégias: (1) método direto; (2) fixando-se, em todos os anos, as proporções d… Show more

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“…Estudos em torno dessa área são imprescindíveis para reversão da tendência evidenciada e consequente melhora da qualidade de vida de sua população.Um dos fatores que auxilia a entender as disparidades entre o presente estudo e os demais repousa sobre as mudanças de classificação de raça/cor adotadas pelo Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Após o ano de 2011, a classificação da raça/cor dos recém-nascidos foi pautada com base na raça/cor da mãe, enquanto o sistema de classificação dos óbitos infantis do Sistema de Informação sobre Mortalidade não sofreu alterações.Em estudo descritivo realizado por Caldas, percebeu-se que, após as mudanças, houve uma diminuição das taxas de mortalidade infantil (TMI) em todas as etnias(CALDAS, 2022).Por conseguinte, uma vez que o cálculo da TMI implica na ração entre o total de óbitos pela quantidade de nascidos vivos, e, apesar dos dados utilizados sofrerem problemas de notificação como a própria subnotificação, a forma como as informações são dispostas escancara não só as iniquidades em saúde, mas também a violação de direitos de pretos, pardos e indígenas(CHOR, 2005).…”
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“…Estudos em torno dessa área são imprescindíveis para reversão da tendência evidenciada e consequente melhora da qualidade de vida de sua população.Um dos fatores que auxilia a entender as disparidades entre o presente estudo e os demais repousa sobre as mudanças de classificação de raça/cor adotadas pelo Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Após o ano de 2011, a classificação da raça/cor dos recém-nascidos foi pautada com base na raça/cor da mãe, enquanto o sistema de classificação dos óbitos infantis do Sistema de Informação sobre Mortalidade não sofreu alterações.Em estudo descritivo realizado por Caldas, percebeu-se que, após as mudanças, houve uma diminuição das taxas de mortalidade infantil (TMI) em todas as etnias(CALDAS, 2022).Por conseguinte, uma vez que o cálculo da TMI implica na ração entre o total de óbitos pela quantidade de nascidos vivos, e, apesar dos dados utilizados sofrerem problemas de notificação como a própria subnotificação, a forma como as informações são dispostas escancara não só as iniquidades em saúde, mas também a violação de direitos de pretos, pardos e indígenas(CHOR, 2005).…”
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