Infodemia Na Vacinação De Idosos Contra A Covid-19

Abstract

No Brasil, apesar do reconhecimento da importância das vacinas, a rápida disseminação de informações falsas indica que o crescimento do movimento anticientífico (1) . Na mesma medida que se trabalha para conter a pandemia do coronavírus (SARS-CoV-2), declarada mundialmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em março de 2020, também busca-se minimizar a disseminação desenfreada de notícias sobre o vírus.Por ser a COVID-19 um novo tipo de doença viral, ela traz a necessidade de informações, o que dificulta o discernimento da população sobre o que é fidedigno ou não (1) . Essa conjuntura amplificou-se e gerou o fenômeno reconhecido pela OMS como infodemia, descrito como uma superabundância de informações, precisas ou não, que dificultam o acesso das pessoas a fontes de orientações confiáveis quando elas necessitam (2).O excesso de informações, muitas vezes conflitantes, torna-se um material de confusão no momento de orientação à pessoa idosa e, pode dificultar a tomada de decisões por gestores e profissionais de saúde, principalmente se não houver tempo suficiente para avaliar as evidências disponíveis. Além disso, vários métodos e mídias (como televisão, rádio, computadores, tablets, smartphones, jornais impressos ou eletrônicos, blogs, redes sociais, aplicativos de bate-papo) continuam a bombardear às pessoas idosas com informações e, eventualmente, sobrecarregá-las (2) . Isso, muitas vezes, torna as pessoas ansiosas, frustradas e até mesmo exaustas, incapazes de lidar com as demandas que surgem (3) . De tal modo, a fake news consiste em uma questão contemporânea importante não apenas do ponto de vista social e político, mas também do ponto de vista da saúde pública.Um dos tópicos mais discutidos é sobre a prevenção da SARS-CoV-2 por meio do desenvolvimento de vacinas que, por consequência, também foi alvo de fake news. Há