Influência Da Obesidade Nos Ossos E Na Reparação Óssea

Abstract

Direitos para esta edição cedidos à Atena Editora pelos autores. Open access publication by Atena Editora Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição-Não-Comercial-NãoDerivativos 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, inclusive não representam necessariamente a posição oficial da Atena Editora. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.Todos os manuscritos foram previamente submetidos à avaliação cega pelos pares, membros do Conselho Editorial desta Editora, tendo sido aprovados para a publicação com base em critérios de neutralidade e imparcialidade acadêmica.A Atena Editora é comprometida em garantir a integridade editorial em todas as etapas do processo de publicação, evitando plágio, dados ou resultados fraudulentos e impedindo que interesses financeiros comprometam os padrões éticos da publicação. Situações suspeitas de má conduta científica serão investigadas sob o mais alto padrão de rigor acadêmico e ético.

A correlação entre fraturas ósseas e obesidade: uma revisão de literatura

“…Os ossos são estruturas que formam o sistema esquelético do corpo humano e exercem variadas funções além da estrutural. Anatomicamente, os ossos longos são constituídos de duas extremidades denominadas epífises, um corpo chamado de diáfise e duas zonas de transição entre as epífises e a diáfise, reconhecidas como metáfises (Picelli, 2021).…”

“…Seu diagnóstico é realizado com base no cálculo do índice de massa corporal (IMC), o qual é obtido pela razão entre a massa e a altura do indivíduo elevada ao quadrado, sendo considerado obeso em caso de se obter um valor igual ou superior a 30 (Silva et al, 2022). Outro ponto a ser considerado é a associação entre obesidade e comorbidades, tais como o diabetes mellitus, afecções cardiovasculares, hipertensão, osteoartrite e a distúrbios graves de natureza psicossocial (Picelli, 2021).…”

“…Sabe-se, hoje, que a obesidade é uma condição crônica de origem multifatorial, incluindo fatores neuroendócrinos, psíquicos e genéticos, que resulta em um desequilíbrio metabólico-energético, responsável por favorecer o acúmulo de tecido adiposo (Sandoe et al, 2014). Anteriormente, existia a hipótese de que as células adiposas eram inertes metabolicamente, contudo, novos estudos mostraram que o tecido adiposo produz hormônios e mediadores inflamatórios capazes de modular efeitos clínicos e subclínicos no organismo humano (Picelli, 2021).…”

“…Novos estudos estão aprofundando na correlação entre a obesidade e as fraturas ósseas, com o objetivo de contestar o efeito protetor do excesso de gordura. Embora o peso corporal realmente exerça um estímulo sobre a síntese de tecido ósseo e a consequente elevação da DMO, alguns trabalhos apontaram que a obesidade aumenta o risco de determinadas fraturas, sobretudo aquelas de extremidades (Picelli, 2021). Além disso, o quadro de obesidade está associado com a ocorrência de quedas, uma das principais etiologias para fraturas ósseas (Savvidis et al 2018).…”

“…De forma complementar a isso, é factível que a alimentação representa um processo fisiológico complexo que congrega o ato de comer em si e todas as nuances sociais que o rodeiam, o qual é regulado por fatores biológicos e socioculturais (Silva et al, 2022). Ainda nesse contexto, a obesidade pode ser entendida como um problema de saúde pública caracterizado pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo, decorrente de distúrbios neuroendócrinos e genéticos, associados com fatores sociais e ambientais (Picelli, 2021). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2021), essa condição tomou proporções epidêmicas, atingindo um variado espectro de indivíduos, com números chegando a mais de 650 milhões de obesos mundialmente no ano de 2016.…”